2005/04/30

A MINHA ROSA



A minha mãe tem um jardim repleto de rosas. Ninguém pode duvidar que esta é a sua flor de eleição. Já chegou a ter quase todo o tipo de rosas que se possa imaginar, o que, na altura da Primavera, resultava sempre num espectáculo muito bonito.

A semana passada fui a casa dos meus pais e achei o jardim mais despido, embora mantivesse o seu aspecto majestoso. O clima não tem ajudado, mas a paciência da minha mãe também já não é a mesma.

Hoje a minha mãe faz a bonita idade de 67 anos. Não parece. A pele sem rugas dita-lhe uma idade menor. Mas eu noto cada vez mais as diferenças, principalmente no tamanho. A minha mãe está cada vez mais pequena, com menos desenvoltura física, pequenos gestos que por vezes denunciam.

Eu não tenho medo de envelhecer, mas aterroriza-me, confesso, o envelhecimento dos meus pais. O tempo passa e é cada vez menor a nossa capacidade de aproximação. Sinto que somos de mundos totalmente opostos e isso sempre foi uma constante na nossa relação. 40 anos de diferença é muito, um salto geracional tremendo.

Apesar de tudo sinto-me abençoada por ter nascido numa família assim, porque gosto do ser humano que sou. Cresci muito mais depressa e sempre tive muita noção de responsabilidade. Devo grande parte do que sou aos meus pais, principalmente por me educarem e me darem a oportunidade de optar e tomar as minhas decisões livremente.

Parabéns Mãe! Hoje vou passar por tua casa e dizer-te o quanto gosto de ti!

2005/04/29

ULTIMAMENTE...

... tenho andado bastante incomodada com uma situação colateral na minha vida, nomeadamente no que respeita com as incompatibilidades de feitios.

Sinto que já fui mais tolerante nessa área, hoje em dia tenho cada vez menos paciência para determinadas atitudes. Porém, feitios ditatoriais nunca me cheiraram muito bem e, para azar, veio bater-me à porta uma situação dessas.

Ainda estou a equacionar se:

a) gozo com a situação e assumo uma postura irónica;
b) bato a porta com muita, mas mesmo muita força;
c) sou politicamente correcta.

Como já me ando a cansar de ser muito diplomata, a opção c) está excluída. A b) parece-me simpática, mas a a) é a que está a apelar mais para o meu lado mauzinho...

Rais'parta a situação! Já não tenho idade para aturar homens de 50 anos que parecem putos em crise de puberdade!

Pronto, disse! Uffffffffffffffffffaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

2005/04/28

APRESENTAÇÕES

Esta é prima da menina 4 patas de cá de casa. O menino, em vez de ser amarelo é preto.



Esta imagem assenta que nem uma luva a estes cães... são completamente alucinados, a idade não lhes trouxe juízo!

Será por terem duas mães?! LOLOL

Ainda falta apresentar a gata (prima do Camões, porque não vê de um olho), que ultimamente passa a vida na liteira... algo se passa com a bexiga da excelência, cheira-me...

COISAS DE MÚSICAS

Vou escrever isto para me arrepender daqui a uns tempos... mas cá vai:

Acho a música da Gwen Stephanie (vocalista dos No Doubt) muito engraçada! If I Was a Rich Girl, feat. Eve.

Eu estou a ficar muito POPeira... lol!

2005/04/27

...

Até está solinho e bom tempo, mas eu estou com a neura de excesso de trabalho, falta de sono e uma leve dor de garganta que me dá cabo da voz.

Ah! E odeio pessoas prepotentes que têm a mania que dominam o mundo!

2005/04/26

O POST ATRASADO

Falar de Abril deveria ser todo o ano.

Ainda ontem debatia a temática "democracia" e chegava-se à conclusão que ainda é o menos mau dos sistemas políticos, com as suas variações constitucionais, mais regionais, federativas, confederativas, republicanas, etc, etc...

O 25 de Abril de 1974 ainda não está todo contado e descoberto. Ainda nos falta a clarividência histórica do afastamento temporal, do arrefecimento de emoções para que se possam tirar ilações concretas.

A minha visão do 25 de Abril é muito própria, embora não o tenha vivido. Na minha opinião foi uma Revolução para pôr termo a uma Guerra. O Regime estava carunchoso e cedeu. Spínola, com a sorte do seu lado de ser o oficial mais graduado, surge a liderar o processo. O PC inicia o seu braço-de-ferro. Os americanos vão analisando o processo e tentando evitar a "Cuba Europeia".

Creio que Spínola teve, por momentos, o sonho de ter um Regime só para ele, embora mais renovador, mas com os traços ditatoriais. O que valeu a Portugal foi o confronto de poderes com o PC (que também queria esta ditadura para eles).

No 25 de Abril houve muita ideologia nos capitães de Abril, inebriados na tentativa de evitarem a contínua chacina em África, mas não houve grandes planos para o pós-Revolução e isso viu-se com o caos lançado até Novembro de 1975.

Mas o espírito de Abril foi a saída das pessoas para a rua, a sua adesão, o seu dizer "basta!". Esse foi o verdadeiro Abril, o Abril que deveria ser actualizado e simbolizar a participação dos cidadãos na vida activa do país.



Esse Abril, inflizmente, está cada vez mais distante e vai-se perdendo pelas grutas em cada cidadão vai mergulhando, optando por ser mais uma personagem de Platão...

2005/04/22

DIREITOS

Parece que Espanha finalmente deu o passo em frente no que concerne à actualização legislativa, à sua adaptação ao mundo real e não de fábula, onde os juristas muitas vezes se ocultam.

Na Europa do 25, 3 países eliminaram o vácuo legal no que concerne o casamento entre homossexuais: Holanda, Bélgica e, agora, Espanha. Ainda tão poucos...

Talvez por isso este dia me faça mais pensar nos direitos e garantias dos cidadãos, na liberdade de expressão, na abertura ao racionalismo. O casamento entre homossexuais é uma pequena gota no oceano vasto das diferenças entre pessoas.

Não planeio casar, mesmo que esse quadro legal passe a vigorar em Portugal. Quero, porém, que sejam reconhecidos os direitos à pessoa com quem eu partilho a minha vida, os meus afectos e os meus bens. Até ao momento a única forma legal de protegermos alguém (numa relação homossexual, claro) é através do recurso à formalização de um testamento. Cá em casa já se falou disso variadíssimas vezes, pretendemos fazê-lo, porque é uma salvaguarda, independentemente das relações que existam com eventuais herdeiros.

Mas porque é que deveríamos fazer isso, se o que temos é uma união de facto com quase 4 anos, plenamente comprovável? Não somos menos cidadãs, pagamos os nossos impostos, não fugimos ao fisco, contribuímos para o PIB do país, tal como os meus pais o fizeram.

Será que em Portugal esse cenário pode estar para breve? Quero acreditar que sim! E que se prove que isto é um Estado laico desde 1911!

?!

Supostamente o post anterior deveria ter aparecido ontem à noite... mas como isto me deu erro uma data de vezes perdi a paciência e, qual não é o meu espanto, quando, agora voilá ele aparece!

2005/04/21

AINDA...

... Não foi desta que se livraram de mim! ;)

Um dos maiores problemas de se trabalhar completly alone, like I, é que perco a noção das horas quando me afundo no trabalho... A N(amorada) já opta por me enviar SMS's a dizer: "Olha que o jantar está no forno!". A próxima, creio, deverá ser mais explosiva, tipo: "Mudei a fechadura!"...!

O que vale é que o fim-de-semana é prolongado! :))))

P.S. - E continuo de rastos... hoje, para além do camião, fui atropelada por um Boeing 747! Hummm... Era uma morena gira! LOLOL ;) Ok! Estou só a ser marotinha!

2005/04/20

HÁ MUITO TEMPO...

... que não me sentia assim!

Ontem cheguei a casa, tomei um duche e refastelei-me no sofá com o cérebro bem desligadinho.

Estava tão cansada! A sensação é de que tinha sido albarroada por um camião descontrolado!

Hoje já me sinto melhor... decidi acalmar o ritmo porque ninguém me paga nenhum extra para fazer este trabalho todo!

2005/04/19

PARECE...

... que temos um Bento para os lados do Vaticano.

Cheira-me que, depois de cuscar o curriculum vitae do senhor, que o fumo branco foi uma forma de SOS, dado que os telemóveis não puderam entrar...

Não sei porquê mas acho que o Catolicismo ainda se vai fechar sobre si mesmo...

2005/04/18

EU TENTO!

Tenho andado a controlar-me para não colocar aqui no feudo os meus vinis de 45 rotações com o stereo bem alto...



Mas está a ser difícil...!

OS FANTÁSTICOS SPYWARES!

Todos os dias dou as minhas voltinhas a uns quantos blogs e sites, geralmente os mesmo todos os dias, sem grandes variações. Hoje essa rotina não teve qualquer tipo de alteração e não me preocupo muito com vírus e spywares, porque a rede aqui do trabalho parece uma muralha de betão, com um firewall que actualizo todos os dias, mais o antivírus que protege cada PC individualmente e o servidor da net.

Qual não é o meu espanto quando, há minutos, clico para ver o ambiente de trablho, onde tinha um ficheiro de que precisava e vejo mais de 20 ícones das mais diversificadas temáticas:

- "lesbian sex", "big tits", "britney spears", "pornstars", "cheap cigarettes", "credit card", "online casino", "oral sex", "car insurance", etc...

E por mais que apague e torne a apagar os ícones, que corra o antivírus e o anti-spyware, volta tudo a aparecer!

Que bela forma de começar a manhã!

2005/04/17

TWILIGHT ZONE

Depois de ter explicado no post anterior o modus vivendi aqui do prédio já é mais fácil narrar o dia de ontem que foi mais do que insólito.

Quando saímos para irmos beber um cafézinho e irmos ao nosso voluntariado, e como é hábito, soltámos os cães no terreno em frente ao prédio, para correrem um pouco. Ambas estranhámos que o "vizinho da dona do Tico" tenha deixado a carrinha fora do local habitual e que, àquela hora, cerca das 11H00, os vidros estivessem embaciados. Mas só falámos disto quando nos apercebemos do que tinha acontecido.

Umas horitas depois voltámos para casa e estávamos a preparar o almoço quando a N(amorada), que tinha ido ao quarto, reparou que havia uma agitação muito grande na rua, onde também estava uma ambulância... Lá espreitámos, mas resolvemos ir almoçar. Passado um pouco fui olhar e percebi que estava toda a gente a olhar para dentro da carrinha do vizinho e achei estranho... os bombeiros estavam ali ao lado, como que à espera de alguma coisa.

Já estava uma data de gente na rua e eu e a N(amorada) a acharmos aquilo tudo muito estranho. Mas lá fomos almoçar. Depois do almoço fui espreitar de novo e, qual não é meu espanto, quando vejo o jipe da GNR à porta do prédio e que estavam a retirar o corpo do meu vizinho do banco detrás da carrinha... Foi uma visão super-estranha.

Claro que o senhor estava morto, pois o rigor mortis foi perfeitamente perceptível.

O que sabíamos dele era quase nada, se me cruzei com ele nas escadas mais do que 5 vezes em 3 anos foi muito. Apenas constava que tinha problemas com alcóol e que de vez em quando batia na mulher, mas eram rumores, apenas.

A visão da morte é algo extremamente incómoda, acho que foi a primeira vez que vi uma pessoa morta, pelo menos desta forma tão estranha...

Agora vou descer as escadas, passear os cães e comprar cigarros... e a carrinha permanece no mesmo sítio, como que para lembrar o que é que se passou aqui ontem.

Já dei por mim a pensar que, se eu fosse mais curiosa, talvez tivesse espreitado, ontem de manhã, para dentro da carrinha e o tivesse visto, quem sabe ainda vivo... é tudo mesmo estranho!

HOME SWEET HOME

Neste prédio vivem umas quantas pessoas, todas elas muito caricatas: "a vizinha dos miúdos", "a vizinha que tem medo de cães", "a vizinha do lado", "o vizinho que tem o apartamento à venda", "a vizinha do Tico",... Isto porque a nossa sociabilização com estas personagens cinge-se a cruzarmo-nos, muito raramente, nas escadas. Raramente porque os nossos horários são meio anti-sociais. Uma vez por ano lá há a reunião de condomínio onde é possível analisar melhor as pessoas, mas nada mais do que isso.

Por aqui, excepto no nosso 3º esquerdo, existe a forte ideia de comunidade e de partilha de espaços. Toda a gente sabe a vida de toda a gente e tenho a certeza que até devem ter as chaves de casa uns dos outros, "não vá acontecer alguma coisa!". É o que dá viver no campo, junto de pessoas que ainda prezam estas pequenas coisas... Eu admito que não tenho a menor vontade de cultivar estes encontros de final de dia no átrio do prédio, embora até os ache engraçados (desde que eu não tenha que particiapr). Acho que eles perceberam a mensagem quando, logo no início de aqui estarmos, "o vizinho dos miúdos" me ter tocado à campainha para me oferecer ovos! Não imaginam a minha cara! Claro que o gesto foi de uma amabilidade imensa, mas nos anos em que vivi em Lisboa desabituei-me destes pormenores e é claro que estranhei.

Não voltou a oferecer ovos, embora tenha tentado voltar à carga com cebolas. Mas foi sol de pouca dura. Talvez porque se tenha cansado de tocar à campainha e de não estar ninguém em casa. De facto, nos primeiros tempos, este era um sítio onde só vínhamos, basicamente dormir, daí nos ter escapado uma série de coisas.

Eu gosto de aqui viver, embora a minha adaptação (mais dada aos ares citadinos) tenha sido complicada. Quando vou à janela só vejo verde e terra a perder de vista, os dias de inverno presenteiam-nos com o barulho do mar enraivecido e o vento a assobiar nas janelas, o verão traz o cheiro da brisa marinha que me deixa logo bem-disposta. É claro que esperamos estar aqui o menos tempo possível, até porque queremos uma vivenda onde possamos estar em paz com os nossos dogs e a D. gata.

A CULTURA DÓI!

E o meu pé que o diga!

Ontem tive a brilhante ideia (que andava a ser adiada) de fazer aqui algumas alterações no T3. A N(amorada) ainda me chamou louca, mas deixou-se convencer pelos meus argumentos. Assim a tarefa consistia em:

a) mudarmos o nosso quarto para onde estava o escritório;
b) trocarmos o escritório para o quarto de hóspedes;
c) trocarmos o quarto de hóspedes para o nosso quarto.

Estão a imaginar a logística que a coisa implicava, certo? Por umas horas a sala virou misto de escritório e quartos e o corredor estava quase intransitável.

No meio desta confusão, ao desmontar uma das camas, levei com o estrado em cima do pé direito e, ainda não satisfeita, consegui com que uma pilha imensa de livros acertasse, precisamente, nesse mesmo pé. Os uivos de dor percorreram o prédio e a educação no momento foi muito pouca...

Hoje acordei e estou com os braços, as pernas e o pé todos doridos. E, como agravante, dói-me a alma só de pensar que amanhã é segunda-feira!

Mas aqui o burgo está bem mais giro, temos um escritório e meio e quarto e meio. Dado que finalmente decidimos descentralizar o escritório, pois assim é menos confusão de livros e secretárias num só, já para não falar do quarto que agora é maior. ;)

2005/04/16

SATURDAY NIGHT (FEVER!)

A festa começou por estas simpáticas bandas e logo de seguida a assessora de imagem tratou de tudo.

A coisa promete!!! 30 de Abril de 2005: uma data a constar na “night” lisboeta! :)

Infosite: Tica & Teca, the dinamic duo!

2005/04/15

TESTITO

Vi este teste e lembrei-me de o fazer…

Label, the best Zodiac Match for your personality is Sagittarius

Sagittarius, the Archer (November 23 to December 21): This intellectual and independent partner is just your type. Initially, a Sagittarius may catch your eye with their knack for witty conversation and flirtation. But as you get to know them better, you're even more likely to be drawn to your Sagittarian's adventurousness and unhesitating willingness to take the risks necessary to keep life fun and free. People born under this sign are typically both enjoyable to be around and interesting to talk with. Be aware that Sagittarians do have a tendency to become restless at times. However, this sense of adventure will help keep things exciting in your relationship. In the bedroom, you'll likely find that the Archer is sexually creative and will keep you happily engaged. This is simply a natural extension of the Sagittarian nature. Overall, they want to get the most out of life and are always on the lookout for exciting new adventures.

Although Sagittarius is your strongest Zodiac Match, your responses indicate there are a number of other astrological signs that you're highly compatible with.


Sagitário?! Por acaso a minha tendência tem sido mais Carneiro, Gémeos, Aquário, Carneiro, Aquário, Aquário, Leão, Carneiro (se é que não me escapa nada)...

Com Aquário é, definitavemente, demasiada água junta, com Gémeos demasiado intelectual, Leão de cortar a respiração... a melhor nota ainda fica para os primeiros do Zodíaco: os carneiros! Embora dê a mão à palmatória que fogo é mesmo com Leão! LOLOL

HUMMMM!!!



Sem dúvida a dispensar qualquer tipo de apresentações (creio eu!) a série “The L Word” tem feito a delícia de muitas pessoas (I wonder why!!!).

Lá por casa, graças à Chocolover e à Lemon T(r)ea, começámos logo a ver a segunda época e ontem terminámos o 7º episódio. As coisas melhoram a olhos vistos! Hummmm! LOL

Enquanto a N(amorada) se delicia com a imagem da Jennifer Beals (essa mesmo do Flashdance) eu cá acho muita piada à Shane (o ar enigmático, a postura e a voz! Uau!) e à tenista (que sorriso!). Eis o confronto de gerações! LOLOL – just kidding!

Mas o que atrai nesta série são as peripécias de várias personagens, cosmopolitas, bonitas e um enredo interessante. Claro… as cenas são escaldantes q.b., o suficiente para colar qualquer pessoa à televisão! LOL

Lá por casa o nº dos bombeiros tem andado à vista, não vá o diabo tecê-las! :))))

MITOS

Acabei de receber este e-mail: está fantástico!

A verdadeira história de amor de Romeu e Julieta

Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor?
São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno?
Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora.
Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão.
Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda motivado pelo impulso do álcool.
Julieta nunca ficou 5 h seguidas esperando o Romeu... ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado.
Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela era especial e depois sumiu por semanas.
Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM.
Romeu não saia sexta-feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 6 h da manhã bêbado.
Julieta não teve filhos, engordou, ficou cheia de estrias e celulite e histérica com muita coisa para fazer.
Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém.
Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha.
Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no Dia dos Namorados alegando estar sem dinheiro.
Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na cara do Romeu no meio de um bar lotado.
Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela.
Romeu não tinha uma ex-mulher que infernizava a vida da Julieta.
Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu.
Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez horrível...
Por essas e por outras que eles morreram se amando...


Francine Bittencourt de Oliveira

LOLOLOL!

...

Por vezes existem palavras que me tocam e que me deixam assim: misto de espanto e de embaraço, como se não acreditasse naquilo que provoquei, ou simplesmente não soubesse como lidar com isso…

Porque alguém se expõe, de peito aberto, e porque a beleza reside precisamente nessa capacidade de, simplesmente, dar…

2005/04/14

AVISO!

Qualquer semelhança entre esta imagem e o meu pensamento é pura coincidência!



(Esta é para os chefes!)

PAIXÃO

Como já devem ter percebido sou leitura assídua da Visão. Esta semana o artigo de capa é: “Porque nos apaixonamos”, com uma foto de Cary Grant e de Ingrid Bergman. Aproveitei a hora de almoço para ler na diagonal o artigo e deduzi o seguinte:

a) Que sou uma “romântica incurável e que está viciada em jogos de sedução” (fiz o teste);
b) Que se o Dante e o Petrarca ressuscitassem morriam de ultraje;
c) Que o que conta é a primeira hora e meia;
d) Que realmente é possível estarmos apaixonados por mais do que uma pessoa ao mesmo tempo;
e) Que a paixão é um acto egoísta, porque nos deixamos levar pelas fantasias.

No fundo tudo isto é um grande novelo hormonal e nada mais. Aqui estão as fases:

1 – Luxúria (pulsão sexual)
Agitam-se as feromonas (“faro”), testosterona e estrogénio (que activam o instinto sexual).

2 – Envolvimento (sedução/sexo)
Cocktail de dopamina (gerador de euforia e desejo), norepinefrina (aumenta a pulsação e a sudação), serotonina (sensação de prazer e excitação) e endorfinas (criam o bem-estar).

3 – Compromisso (pós-sexo)
Mix de oxitocina (responsável pelo vínculo mãe - filho e fidelidade), vasopressina (confere sentimentos de união) e endorfinas (criam bem-estar).


A paixão dura, no máximo, 18 meses e é um verdadeiro estado febril de hormonas, literalmente, aos saltos.

Hummm… E se tudo isto se transformasse num comprimidinho milagroso? Qual viagra! Qual prozac! Aposto que, pelo menos, o mundo iria estar a abarrotar de sorrisos! :)


P.S. - Este post está mesmo a pedir a música dos Heróis do Mar: A Paixão, ou então a do Rui Veloso!

2005/04/13

?!?!?!?!

Isto não é normal!





You Are 45% Normal

(Somewhat Normal)









While some of your behavior is quite normal...

Other things you do are downright strange

You've got a little of your freak going on

But you mostly keep your weirdness to yourself




Freak?! Só porque fui sincera na resposta do "smoking pot"?!

NECESSIDADE (ESTRANHA, PORÉM)

Estranhamente só hoje é que adicionei à minha lista de links o blog que me iniciou nestas lides bloguísticas… Um blog escrito a quatro mãos, local de partilha e de provocação.

Talvez porque gosto de preservar as minhas máscaras e gosto de separar os meus mundos.

Hoje percebi que isso não faz sentido… Fica este post e o link como tentativa de redenção: rasg(A)rte.

QUO VADIS?

Por causa disto a Boo dissertou sobre o tema, sob o título de “Super-Heróis!?”.

Pelas mais variadas razões o tema da Educação é-me muito caro, essencialmente porque o considero basilar para um adulto bem formado e completo.

Infelizmente tem-se caído num sistema de “salve-se quem puder”, principalmente no que toca às passagens “administrativas” de alunos que, notoriamente, deveriam chumbar. Vão-se criando abismos entre miúdos: os “muito bons” e os “muito maus”, todos eles elevados ao 12º ano pseudo-europeu, que de cultura geral nada sabem. Perguntar a um jovem de 18 anos o que é que ele pensa sobre as convulsões políticas que geraram a II Guerra Mundial ou sobre literatura neo-realista surtiria uma de duas coisas:

a) Uma torrente de lágrimas;
b) Uma dor abdominal provocada pelas gargalhadas.

Ok… admito: os exemplos que dei também não são fáceis, mas quando vejo professores de português, por exemplo, a darem Os Lusíadas através do livro adaptado do João de Deus fico incrédula.

E o que eu pergunto é apenas isto: que volta a dar a este sistema?! Na minha opinião isto só vai piorar, acabar-se-á por cair numa formatação geral aplicada ao marranço, sem espaço para a discussão e a geração de espírito crítico.

E o que é triste é que as faculdades caem no mesmo erro. Tive uma professora que me disse, na cara: “você tem falta de postura académica!”, e isto só porque questionei, num exame, a tendência dos autores serem todos rotulados de acordo com os anos em que viveram… Ai de quem abale os alicerces académicos, assentes em “verdades absolutas”…



Aonde é que isto vai parar?!

SIM!

O concerto dos The Gift foi um estrondo!



A Sónia Tavares cantou-me tanto ao ouvido que até estou com o tímpano esquerdo meio avariado! Mas valeu mesmo a pena, aquelas covinhas são um must! :)))

2005/04/12

CONVERSAS DE CAFÉ I

As minhas idas ao café, para a cafeína matutina, são verdadeiras pérolas de reflexão! As conversas cruzadas que nos apanham são, em geral, esmagadoras.

Hoje estava uma senhora que entoava um discurso demolidor sobre o Ensino em Portugal. Reclamava ela que a filha (teenager), tinha estado uma semana inteira sem pôr os pés nas aulas e que ninguém a alertou. Clamava ela: “Mas que raio de escolas e professores são estes que não são capazes de telefonar para os pais a alertar?!”. Acabou por saber devido ao seu “sexto sentido” (sic) e resolveu ir à escola falar com a Directora de Turma, que acabou por confirmar as faltas da filha.

Isto a mim soou-me a completa subversão de sistema! Então a filha falta e os professores é que pagam a factura?!

Um professor, em média, tem 6 turmas, que multiplicadas por 25 alunos (e estou a ser meiguinha!) dá um total de 150 miúdos de hormonas aos saltos. Ora a senhora só tem 1 filha! Quem é que tem a função de vigiar e acompanhar a piolha?! Aliás: não são os pais que têm de dar a educação? Cabe à escola formar, não educar. Tudo isto já me cheirava era a uma tremenda falta de comunicação entre pais e filha!

No meu tempo de estudante não fui nenhuma santa: entre idas ao Conselho Directivo, faltas de material, não realização dos TPC, uma ida para a rua, faltas colectivas de turma, faltas individuais minhas… a minha mãe lá ia a todas as reuniões e ouvia “mais do mesmo”: faladora, despistada, desatenta, bla bla bla… Mas a minha mãe sabia, eu assumia essa postura de rebeldia, chegava sempre ao final do 1º período em risco de chumbar por faltas, mas ela sabia. Ouvi ralhar ziliões de vezes, mas a minha escapatória eram as notas, que sempre me limpavam o cadastro.

Não interpretem mal as minhas palavras: adorei todos os anos em que estudei, gostava de ir às aulas e aprender, mas algumas aulas eram um sacrifício (como as de Latim de 12º - que horror!!!)! Hoje mantenho grandes amizades com ex-professores, todos eles foram pessoais especiais (até o de Latim! LOL).

O sistema de ensino está mal, isso é um dado adquirido. Mas creio que existe uma grande desresponsabilização dos pais nesse campo. As escolas existem para os filhos estarem e os pais poderem ficar mais descansados. Acho que se as escolas só fechassem à meia-noite, só a essa hora é que muitos miúdos iriam para casa.

E o problema é que esta questão é tipo “pescadinha de rabo na boca”…

SONORIDADES

Amanhã vou ver o fantástico concerto dos The Gift, a Leiria. De certeza que vai ser muito bom, a julgar pelo albúm "AM - FM"! A voz da Sónia Tavares é "aquela coisa"!



Alguém me acompanha?! :))

2005/04/11

COISAS BOAS DA VIDA - OPUS I

Conhecer pessoas interessantes, giras, divertidas e simpáticas!

Como as meninas Chocolover e Lemon T(r)ea, às quais agradeço, desde já, o tom bronzeado, com as devidas marcas dos óculos escuros, no rosto. ;)

FINALMENTE!

Este desgraçado deste PC está a funcionar! Se não dava o Win 2000 Pro era porque não dava, agora tenho que gramar este XP de que nunca gostei!

As boa notícia é só de que já estou a recuperar as minhas vias de comunicação com o mundo e a ler os 990384634989273 de e-mails que tinha nas minhas caixas de correio (sim, sou uma moça muito comunicável! É o que dá experimentar todos os ISP's para ver quais são as novidades! LOL).

Pensando bem acho que ainda tenho muito que penar antes de conseguir estar 100% operacional!

Que desespero!!!!!!!!!

2005/04/07

GRRR!

Hoje estou com a sensação de que devo de estar a falar assim:



E quando isto me acontece fico agreste! Grrr!

B'DIA...

2005/04/06

FALO A LÍNGUA DOS LOUCOS IV



E depois das mascaras caídas, pergunto… A fuga ou a continuidade?

Há um factor nas relações que dá pelo nome de “medo de perder”, a troca do “certo pelo incerto”. Não é um grão de pó, mas uma Torre de Babel onde se confunde a racionalidade e a emoção. Porque nas relações ganha-se uma intimidade simbiótica, geminiana, quase, onde muitas vezes já nem se empregam as palavras para descrever estados de espírito e/ou pensamentos. Recomeçar tudo de novo cansa, arruína-nos a ingenuidade e aniquila a descoberta infantil.

Comodismo. Monstro aglutinador que nos tolhe gestos, embora a imaginação, essa, voe alada numa imensidão de sonhos. Os “ses” mais parecem nuvens no tecto desse mundo imaginário que se constrói em paralelo. Isto é a continuidade passiva.

Inovação. Recriação. Renascimento. Olhar a relação de novo, saber apontar os erros de percurso e ter a capacidade de emendar os passos presentes. Dialogar. Explicar o que se sente. Dizer: “conheci uma pessoa que me interessa, mas ainda és tu a pessoa que eu verdadeiramente quero, o que pensas sobre isto?”. Coragem, misto de loucura. Honestidade. Isto é continuidade activa.

O amor nada tem de matemático, mas não deixa de nos ofuscar a racionalidade e o discernimento. Não é destituído de falácia dizer que o amor, também ele, tem uma certa lógica, que por vezes até nos escapa. Mas ela existe, está lá, diz-nos que se deve lutar sempre que valer a pena. Mesmo que isso implique a continuidade ou então a ruptura.

Estes são meros apontamentos de ideias que me surgem. Nada é mais complexo do que os relacionamentos, porque envolvem emoções e, muito raramente, racionalidade. Uma coisa deve estar sempre presente e que dá pelo simples nome de “honestidade”, porque tenho que te apontar os erros, porque quero que me digas os meus, porque sinto, porque sentes, porque o nosso “nós” não pode essa barreira densa da furtividade. Dure o que durar prefiro a intensidade à mediocridade, a plenitude à escassez… e porque a eternidade é o que se mantém dentro de nós, não um mês a mais no calendário.

FALO A LÍNGUA DOS LOUCOS III



A sequência dos posts anteriores, como podem constatar segue uma linha de raciocínio óbvia: as relações. Já o post das máscaras era uma espécie de introdução ao pensamento que me apetece exercitar com este dedilhar de teclado.

Todos os animais vivem de relações, estabelecem as mesmas por questões básicas de sobrevivência. Os humanos também, acima de tudo por uma questão de sobrevivência emocional, o que nos dias de hoje é uma tarefa hercúlea.

Sejam as relações do que tipo forem, cada vez mais se percorre a nossa vivência em busca de. Complemento. Segurança. Nutrição afectiva. Entendimento mútuo. Simbiose. Plenitude. Felicidade. Amor. Podemos vestir os adjectivos que melhor se adequarem, mas existe uma cadência que percorre cada indivíduo da mesma forma.

Serão as relações, cada vez mais, um cheque pré-datado? Uma espécie de “vamos ver o que isto dá e depois logo se vê”? Ou “hoje és a minha cara-metade, mas o mundo ainda é muito vasto”?

Esta não é, de todo, uma questão que me tire o sono, apenas a gosto de analisar, primeiramente na minha esfera pessoal, que se toca com centenas de outras. Gosto de tirar conclusões sobre os factos, depois de os desmontar peça por peça.

Eu acredito no amor eterno, na essência das almas-gémeas, na perenidade das relações calmas e suaves. Mas esse meu acreditar é tão utópico quanto o meu acreditar de que o mundo pode resolver o problema da fome.

Há falta de tempo para nutrir as relações. Facto. Cada vez mais temos discernimento para avaliar as falhas, pecados e defeitos de que temos ao nosso lado. Facto. Cada vez mais temos que nos adaptar às circunstâncias que nos vão surgindo. Facto.

Mas estes factos não podem servir de desculpa. Não se pode limpar tudo ao dizer-se “sou assim e pronto!”. Precisamente por sermos cada vez mais “assim” é que temos que contrariar a massificação, limar as arestas e melhorar os nossos defeitos. Principalmente a nossa forma de olhar o outro.

Estamos, indubitavelmente, a cair no “fast love”, se acabou pega-se no próximo. O “sweet love” é cada vez mais lamechas. Percorremos as pessoas em busca de alguém sempre melhor, mas essa busca é inglória, porque perfeição não existe, é utópica.

Todos somos seres de máscaras e é natural que nos agradem as máscaras iniciais, mas depois assustam-nos as máscaras densas que vão caindo ao longo da relação. Aí foge-se. É mais simples…

FALO A LÍNGUA DOS LOUCOS II

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser por isso, incompreensível. A culpa é minha.

O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que eu quero é fazer o elogio do amor puro.
Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Teixeira de Pascoaes meteu-se num navio para ir atrás de uma rapariga inglesa com quem nunca tinha falado. Estava apaixonado, foi parar a Liverpool. Quando finalmente conseguiu falar com ela, arrependeu-se.

Quem é que hoje é capaz de se apaixonar assim? Hoje em dia as pessoas apaixonam-se por uma questão prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão mesmo ali ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornam-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica da camaradagem. A paixão que devia ser desmedida é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas e cantina, malta do "tá em, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da turtuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Por onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassado ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É
essa a beleza. É esse o perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.

O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para se perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.

Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa e o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.


Miguel Esteves Cardoso

2005/04/05

FALO A LÍNGUA DOS LOUCOS

Quem é que nunca teve um Marcelo, um Felipe, um Ricardo, um Júlio ou um Tiago na vida? Tudo bem pode ser uma Juliana, uma Natália, uma Ana, uma Patrícia ou uma Aline... Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo!

A "fila" anda, a coleção de "figurinhas" cresce, a conta de telefone é sempre altíssima. Mas e aí? O que isso te acrescenta? Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca logo na sua vida??? Se o tal "amor" é impontual e imprevisível que se dane! Não adianta: as pessoas são impacientes! São e sempre vão ser! Tem gente que diz que não é... "Eu não sou ansioso, as coisas acontecem quando tem que acontecer". Mentira! Por dentro todo ser humano é igual: impaciente, sonhador, iludido... Jura de pé junto que não, mas vive sempre em busca da famosa cara metade! Pode dar o nome que quiser: amor, alma gêmea, par perfeito, a outra metade da laranja... No fim dá tudo no mesmo.

Pode soar brega, cafona... Mas é a realidade. Inclusive o assunto "amor" é sempre cafonérrimo. Acredito que o status de cafona surgiu porque a grande maioria das pessoas nunca teve a oportunidade de viver um grande amor. Poucas pessoas experimentaram nesta vida a sensação de sonhar acordada, de dormir do lado do telefone, de ter os olhos brilhando, de desfilar com aquele sorriso de borboleta azul estampado no rosto...

Não lembro se foi o "Wando" ou se foi o "Reginaldo Rossi" que disse em uma entrevista que se a Marisa Monte não tivesse optado pelo "Amor I love you" e que se o Caetano não tivesse dito "Tô me sentindo muito sozinho..." eles não venderiam mais nenhum disco. Não adianta, o público gosta e vibra com o brega". Não adianta tapar o sol com a peneira. Por mais que você não admita: Você ficou triste porque o Leonardo di Caprio morreu em "Titanic" e ficou feliz porque a Julia Roberts e o Richard Gere acabaram juntos em "Uma Linda Mulher".

Existe pelo menos uma música sertaneja ou um "pagodinho" que te deixe com dor de cotovelo. Quando você está solteiro e vê um casal aos beijos e abraços no meio da rua você sente a maior inveja.

Você já se pegou escrevendo o seu nome e o da pessoa pelo qual você está apaixonada no espelho embaçado do banheiro, ou num pedacinho de papel.

Você já se viu cantando o mantra "Toca telefone toca" em alguma das sextas-feiras de sua vida, ou qualquer outro dia que seja.

Você já enfiou os pés pelas mãos alguma vez na vida e se atirou de cabeça numa "relação" sem nem perceber que você mal conhecia a outra pessoa e que com este seu jeito de agir ela te acharia um tremendo louco.

Você, assim como nos contos de fada, sonha em escutar um dia o tal "E foram felizes para sempre..."

Bem, preciso continuar? Ok, acho que não...

Negue o quanto quiser, mas sei que já passou por isso, e se não passou, não sabe o quanto está perdendo... "O problema de resistir a uma tentação é que você pode não ter uma segunda chance."

"Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos".



Luiz Fernando Veríssimo

Hummm...

HOJE...

... é um dia assim:

2005/04/04

WEEKEND

Queria escrever qualquer coisa sobre o fim-de-semana, que foi meio alucinado, tal como todos os que têm passado (com especial destaque para estes dois últimos), mas quando ia tentando resumir lembrei-me deste post das meninas Tica & Teca.

O nosso sábado foi muito familiar, primeiro com a família de sangue e depois com amigas fantásticas.

Tentarei resumir:

[10H00] Voluntariado (meu, a N(amorada) ficou a despachar uma série de coisas em casa). Apanhei uma valente molha, nem o impermeável me safou;
[12H30] Compras para levar para o almoço. Já estava a ficar stressada com tanta gente;
[14H00] Chegada a casa da mãe da N(amorada), onde já estava o avô, ainda dentro do carro por causa da chuva. Fui buscá-lo com um chapéu-de-chuva. Pisei uma poça de água. Ele não quis vir. Odeio chapéus-de-chuva, acessório abominável;
[14H15] Ajudei a preparar as coisas e sentámo-nos para almoçar;
[18H30] Levantámo-nos da mesa. Mais uma vez fiquei minutos perdidos a falar do passado com o avô: II Guerra Mundial, política, sociedade, etc… Vejo nele o avô que nunca conheci. A mãe e a N(amorada) continuam a espantar-se com a facilidade com que ele ouve os meus conselhos, devido à típica teimosia dos mais de 80 anos. Eu acho que simplesmente o sei ouvir.
[18H45] Chegada a casa dos meus pais. “Visita de médica!”, avisei logo. Deixei a N(amorada) em amena cavaqueira com o meu pai e fui procurar, com a minha mãe, umas fotografias antigas que queria levar para casa. Fotografias encontradas, despedidas feitas, lá fomos nós.
[19H30] Casa da minha irmã. Choveu e é só lama. A minha sobrinha desespera porque quer o ADSL finalmente configurado. A minha irmã e o meu cunhado já não podem ouvir a teenager (nem eu, porque ela já me estava a telefonar quase 5 vezes por dia!). Subo para o escritório dela e lá vou eu. Não funciona. Porque é que não funciona? Reinicio. Desinstalo. Instalo. A N(amorada) vai lendo o Expresso. Eu começo a coçar a cabeça e a ligar e desligar cabos. Resolvo ligar para a assistência técnica. Mandam-me para a PT. Afinal o acesso ADSL ainda não está disponível. Adolescente tem uma crise. Tia (eu) goza com irmã por causa da conta do telefone. Despedidas.
[21H00] Chegamos a casa. Correria para trocar de roupa. Ainda não despachadas as amigas já tocam à campainha. Correr a descer as escadas. Inicio de viagem.
[22H00] Ok… uma hora de atraso. Mas a salada russa com maionese caseira é uma delícia, o lombo é o melhor que alguma vez comi. A sangria é que não é grande coisa.
[23H30] Começou a saga das caipirinhas. Eu resolvi ficar sentadinha a beber outra coisa e descansar. A N(amorada) farta-se de trabalhar e está a adorar. Um rapaz mete-se com ela. Eu topo, estou sentada longe mas atenta. Acho piada e farto-me de rir. Caipirinhas e mais caipirinhas. Karaoke (eu não!). Noite fantástica.
[06H00] Finalmente em casa. Toda a gente vai para a cama. Ainda fico a fumar um cigarro com a J.
[07H00] Deito-me. Estou completamente KO, mas satisfeita. O dia foi muito agradável!

O Domingo já foi mais calmo: voluntariado, almoço em casa e depois das amigas irem embora, ficámos no sofá, com os nossos 4 patas, a ver filmes. A famosa série “The L Word” (graças à menina Chocolover que foi uma querida!).

Resumindo: Um fim-de-semana em que conciliámos família e amigos. Muito bom!

SEM DÚVIDA...

... tenho mesmo que ir cortar o cabelo esta semana, isto já não tem ponta por onde se pegue e - espanto dos espantos - estão a aparecer-me uns caracóis manhosos, coisa que só tive quando era criança!



Entretanto a N(amorada) já anunciou que vai comigo, até porque a minha nova cabeleireira acha-me "piada de mais"... LOL!

Tenho que ir cortar o cabelo mais vezes! AHAHAHAHAHAH

DISSERTAÇÕES

Hoje apetecia-me dissertar sobre este tema:



Mas o tempo verbal diz tudo...

MANIC MONDAY

Six o'clock already
I was just in the middle of a dream
I was kissin' Valentino
By a crystal blue Italian stream

But I can't be late
'Cause then I guess I just won't get paid
These are the days
When you wish your bed was already made

CHORUS:
It's just another manic Monday
I wish it was Sunday
'Cause that's my funday
An I-don't-have-to-run day
It's just another manic Monday

Have to catch an early train
Got to be to work by nine
And if I had an aeroplane
I still couldn't make it on time

'Cause it takes me so long
Just to figure out what I'm gonna wear
Blame it on the train
When the bus is already there

CHORUS

All of the nights
Why did my lover have to pick last night
To get down
Doesn't it matter
That I have to feed the both of us
Employment's down
He tells me in his bedroom voice
C'mon honey, let's go make some noise
Time it goes so fast
When you're having fun

CHORUS



Manic Monday - Bangles

Este é mesmo, o que eu chamo, um musicaço!

2005/04/01

?!

Acabou de passar aqui em frente um homem com uma máscara na cara, daquelas tipo anti-contaminação...

Deverei ficar preocupada?!

RESPIRAÇÃO...

De vez em quando venho aqui para “lavar” as vistas.

Eis uma das fotografias do dia:



Belíssimo! Apetece respirar fundo!

A QUASE TRANSIÇÃO

Hoje, sexta-feira, é quase impossível não focar o grande tema do dia: o estado de saúde do Papa João Paulo II… Há muito que o mundo aguarda o fim do seu sofrimento – eu, pelo menos, aguardo, outros ainda vão defendendo a esperança – e parece que a linha ténue entre a vida e a morte joga-se no tabuleiro deste homem.

Sem hesitações digo que foi um grande líder político. Soube gerir muitas crises, umas melhores outras piores, mas não deixou de carimbar o mundo com a sua presença atenta, embora a postura tenha sido sempre anti-comunista, mas foi contra a invasão do Iraque, isto a título de exemplos. Ao nível religioso a sua actuação foi menos boa, não deixou cair os muitos tabus eclesiásticos, ergueu bandeiras contra o aborto, a eutanásia, o preservativo e a homossexualidade. Mau, muito mau, principalmente quando se olha para os números do aumento da SIDA em África e em todo o mundo.

Lembro-me de ser uma miúda, muito criança mesmo, quando ele esteve em Portugal. Lembro-me do deliro das massas, das pessoas a chorarem, a gritarem palavras de fé. Deve ser uma das primeiras recordações que tenho.

Sou agnóstica por inteiro, não acredito em poderes superiores a mim, enquanto indivíduo que sou, e acredito que parte de nós a capacidade de melhorarmos o mundo, não de orações. Respeito, porém, as convicções religiosas. Para mim é como se fossem ideais políticos, que também não se podem discutir com ligeireza.

Nestes últimos anos assistimos a um Papa debilitado, com enormes dificuldades, a aparecer nas televisões e a balbuciar algumas palavras. Lá fomos vendo a decadência do homem que a Igreja não quis preservar, libertando-o do fardo de ser a figura máxima do catolicismo. Bem sei que a renúncia teria que partir do Papa, mas estaria ele suficientemente lúcido para a pedir? Teria ele forças para lutar contra o sistema?

A Igreja Católica assenta na imagem do sofrimento, da expiação da culpa, do arrependimento abnegado dos nossos pecados. Assenta na imagem de que todos devem sofrer à imagem de Cristo. É esse o retrato que vou guardar de João Paulo II, com grande pena minha…

HORÓSCOPO

CARNEIRO
Não está entre os mais fiéis. Nem sempre consegue resistir à tentação de viver uma aventura e, dificilmente diz não quando surge alguém interessante no seu caminho. Apesar de não ficar com a consciência pesada quando trai, este signo acaba se tornando um namorado(a) exemplar. Mas não aceita, de jeito nenhum, que seu parceiro(a) cometa qualquer tipo de deslize.

TOURO
Tranqüilo e confiável, quando este signo começa um relacionamento, é porque pretende se dedicar totalmente à pessoa amada. Dificilmente trai, porque também faz questão que o(a) namorado(a) seja fiel. Como é muito possessivo, faz marcação cerrada para garantir que ninguém chegue perto do que é seu. Nunca perdoaria se fosse enganado por alguém.

GEMEOS
Gosta de variar e pode trair sem pensar duas vezes. Não se sente culpado e faz isso por curiosidade, mas nunca leva esses casos a sério. Este signo precisa de novos estímulos para continuar namorando. Se a monotonia tomar conta do romance, ele vai sair fora. Tanto pode ficar uma fera quanto perdoar se descobrir que foi traído.

CARANGUEJO
Amoroso e dedicado, será sempre fiel se receber carinho e atenção da pessoa amada. Como tem medo de ficar sozinho, fará o possível para evitar as tentações. Mas se o namoro enfrentar uma crise e ele estiver carente, pode procurar consolo em outro colo. Quando pisa na bola, entrega- se antes que o(a) parceiro(a) o descubra

LEAO
É fiel, desde que a outra pessoa mostre que o ama acima de tudo. Precisa de muito paparico para ficar satisfeito. No entanto, à vezes, não consegue resistir e trai só para sair da rotina. Se ele descobrir que foi passado para trás, vai ficar furioso e terminar na hora. Dificilmente esquece ou perdoa uma traição.

VIRGEM
Tímido e fiel, raramente dá uma escapadinha. Como este signo é reservado e sincero, resiste bravamente às investidas de outras pessoas, apesar de ser bastante assediado. Mas se ele resolver ser infiel, raramente será pego, porque é bastante discreto, mesmo sentindo culpa. Jamais entenderia se fosse traído.

BALANÇA
Se não estiver muito envolvido, pode cometer alguns deslizes, sem grandes conseqüências. Mas, em geral, detesta se meter em encrencas e procura ser fiel para não magoar a pessoa amada. Quando pula a cerca, fica muito arrependido. Seu maior problema é a dificuldade para dizer não às outras pessoas, o que costuma colocá-lo em confusões.

ESCORPIÃO
Quando ama, entrega-se completamente. Como entra no relacionamento com intensidade, não é infiel. No entanto, se descobrir qualquer deslize, vai querer se vingar para dar o troco. Não sabe perdoar e termina tudo. Precisa de alguém que consiga acompanhar o seu pique no sexo para se sentir satisfeito.

SAGITÁRIO
Não se sente culpado quando trai, pois encara as conquistas amorosas como um jogo. Apesar disso, se estiver realmente apaixonado, vai deixar de lado as escapadinhas. Valoriza demais a própria liberdade e não gosta que fiquem vigiando e controlando seus passos, pode até ficar com outra pessoa, mas não admite a idéia de ser traído.

CAPRICÓRNIO
Super-reservado, não costuma dar bola para as outras pessoas se estiver comprometido. Dificilmente trai, porque acredita em fidelidade. Mas é ciumento, possessivo e exige a atenção total da pessoa amada. Se descobrir que foi traído, não perdoa e termina o relacionamento na hora, além de ficar muito magoado.

AQUÁRIO
Quando se apaixona pra valer, é muito fiel e exige o mesmo da outra pessoa.
Frio e racional, procura não se envolver em paixões passageiras, que coloquem o namoro em risco. Não é o tipo controlador e sabe disfarçar muito bem o ciúme, mas vira uma fera diante de um deslize da pessoa amada. Ele não faz cenas, mas fica muito chateado.


PEIXES
Entrega-se totalmente quando encontra alguém especial. Mas se o caso não for sério, ou se achar que não está sendo correspondido como gostaria, pode viver outras experiências. Para afastar a culpa, vira um namorado(a) exemplar. Quando é traído, sofre demais e fica arrasado, mas depois pode até perdoar a pessoa amada.


Hummm... Será?! O que sei é que este boneco é a minha cara! LOL