OS PONTOS

Na vida existem 2 pontos: os pontos de partida e os pontos de chegada. A caminhada que fica pelo meio é a nossa história, com as suas caras, os seus momentos, os retratos de parede que vamos coleccionando.

Este blog precisa de um desses pontos: o de chegar de novo ou o de partir de vez. Inclino-me para a segunda opção, porque é a mais coerente e racional de todas elas.

O que começou sem objectivo, com um rumo turvo, foi alimentando linhas firmes e cada vez mais visíveis, num tom sempre muito pessoal da minha forma de ver e sentir o mundo. Admito que esta era a minha visão light das coisas que me rodeavam. Hoje sinto que este espaço não faz sentido na minha vida actual, porque as minhas impressões e os meus pensamentos e/ou sentimentos iriam desvirtuar este trilho que foi ganhando contornos.

Encaro este momento como uma pausa para reflexão, porque nada termina, apenas evolui, e este terá o seu crescimento quando eu achar que existirá esse sentido. As ondas deste oceano levam-me a rumar para outras paragens, mais introspectivas, quem sabe mais densas...

Qualquer coisa o meu e-mail está algures por aí, disponível para quem o desejar utilizar. Apenas andarei mais ausente.

Beijo beijo.

JUKEBOX

Para renovar o éter da Label FM, nada como uma das minhas músicas de eleição de todos os tempos, na sempre fantástica voz de Bryan Ferry.



Esta música até tem direito a letra...

I was dreaming of the past
And my heart was beating fast
I began to lose control
I began to lose control

I didn't mean to hurt you
I'm sorry that I made you cry
I didn't mean to hurt you
I'm just a jealous guy

I was feeling insecure
You might not love me any more
I was shivering inside
I was shivering inside

I didn't mean to hurt you
I'm sorry that I made you cry
I didn't mean to hurt you
I'm just a jealous guy

I was trying to catch your eyes
Thought that you were trying to hide
I was swallowing my pain
I was swallowing my pain

I didn't mean to hurt you
I'm sorry that I made you cry
I didn't mean to hurt you
I'm just a jealous guy

MOMENTOS

Um fim de tarde em Cascais, numa esplanada simpática e uma conversa sobre as relações e as (in)capacidades ou as (in)seguranças de alguém que fica só depois de uma relação de 17 anos e que tem mais de 50 anos...

Cheguei à conclusão que a visão não é muito diferente de geração para geração...

A minha visão é que estava mais turva depois de 2 caipiroskas! LOL! ;)

PSIU...

... TE AMO!

(Só tu para me fazeres alterar as minhas convicções linguísticas! Ai ai...!)

CONSTATAÇÕES

Se ter um blog é como ter um filho... acho que vou ter à perna a Comissão de Protecção de Menores! Ando sem tempo, cabeça e pensamentos para ir alimentando este espaço, aliás, acho que o que se passa é precisamente o inverso (exceptuando a questão do tempo), o busílis da questão é que abro o editor de texto e bloqueio. Fogem-se-me as palavras. Acho que o problema tem sido o excesso das mesmas, são tantas que até se atropelam e acabam por morrer na praia! LOL!

Enfim... Ando por aqui a repensar a vidinha, a modos que numa reestruturação a todos os níveis, daquelas que implicam retroescavadoras, andaimes, martelos pneumáticos e afins... Um dia voltarei em força, quando os pensamentos forem mais ordenados.

Mas é só mesmo para dizer que não desapareci, que não estou de férias numa ilha paradisíaca (I wish!!!!), nem que o blog está em vias de extinção. Agora dêem-me licença que vou almoçar, comprar o jornal e telefonar ao meu amor para dizer o quanto a amo de coração! :)

DAS SURPRESAS

Surpresa é ir aqui, como faço habitualmente, e ler sobre uma troca de e-mails que tive com a SK. Foi interessante ver que a minha resposta a umas quantas questões gerou um brainstorming, o que é sempre positivo, aliás, como foi a troca de e-mails que tivémos, que a mim também me obrigou a um trabalho de introspecção.

Não querendo entrar em grandes detalhes específicos, eu acho que de facto estamos numa sociedade de consumo cada vez mais rápido, metabolizante e avassaladora, daí eu ter escrito que a época dos grandes amores já lá vai, como a "fast food" acabamos por ter um "fast love". Não critico, nem faço juízos de valor, embora tenha algumas dificuldades em vestir essa camisola do "fast love"...

Mas aqui entra a eterna questão: teoria vs prática e, se na minha teoria tenho uma fórmula de postura, no modus vivendi as coisas são diferentes, porque em relações falamos em duas pessoas, não apenas numa. Grande busílis, agora! Mas o truque reside em nos erguermos depois de cada queda e de nunca deixarmos de acreditar que existe alguém que o destino nos reservou. Eu acredito nisso, sinto isso e sei isso em cada partícula de mim. Mas já aprendi que não é à primeira tentativa que temos a certeza de ter encontrado essa pessoa, porque no fundo isto é uma caminhada muito longa e só com a vivência é que podemos perceber se continuamos a amar para além dos defeitos, dos erros e da rotina. Esse é o verdadeiro amor, o puro, límpido e eterno, a simbiótica relação de paz e harmonia em conjunto. E tudo isto não se desvenda em dias, semanas ou meses… mas claro que cada segundo deve ser de luta para esse seja o futuro, disse eu à SK e quero acreditar que é essa a minha rota.

E se adicionarmos, às relações a dois, todas as variáveis, curvas e contracurvas do que as envolvem tudo ainda fica mais obscuro... porque nada se pode isolar, a vida é uma cadeia, uma sucessão de pensamentos, momentos, sentimentos, imagens, pessoas, factos, actos,... Onde é que fica traçada a linha da "desistência"? (E que fique claro que abomino esta palavra...) No limite do nosso ego ou no limbo da nossa sanidade emocional? As relações, creio eu cada vez mais, são testes puros ao nosso crescimento e à nossa capacidade de nos moldarmos ao outro, esperando que o outro também se molde a nós, porque é de dualidade que vivem as relações.

É uma temática que dá pano para mangas! :)