2005/06/28

A DEGUSTAR...

Esta deliciosa música de Marina Lima, na Label FM. Não é uma cantora muito conhecida cá em Portugal, mas tem músicas lindas!




Esta é uma versão do famoso "Beija-Flor". Adorei os arranjos e a letra, claro está, é sensacional!

Teu lábio é tão doce, doce feito mel
Toda azul sua beleza feitacor do céu
Quero me aquecer sentir o seu calor
Rolar p'ra lá da cama, te chamar de amor
Fazer mil poesias p'ra te conquistar
Deixá-la simplesmente coberta de flor
Quero me aquecer sentir o seu sabor
Amor, é só me chamar que eu vou


:)

2005/06/27

VIAJAR...

... nas asas de um beijo teu...

AGENDA

Outubro: Tailândia


Dezembro: Madrid

DAS INTENÇÕES

Quando este blog começou aquilo que eu tinha em mente era torná-lo um espaço acolhedor, pessoal e amigável, onde as pessoas se sentissem bem quando entrassem. Eu gosto de debater ideias, dialogar, conversar e este blog tem essa missão: gerar pensamento, criar uma linha condutora para que se descubram novas paisagens.

É uma missão que nunca se cumpre. Depois daquela curva vão sempre surgir novos cenários, novos ventos que poderão levar a embarcação até outros mundos.

Ainda hoje não sou capaz de definir este espaço... mas isso é um problema estrutural, porque a mim própria nunca me consegui definir numa única frase, quanto mais numa palavra! Mas o que sinto é que este blog expressa uma parte importante de mim, muitas das minhas reflexões, muitas delas veladas. Foi um complemento ao meu dia-a-dia, a minha ginástica mental. Continuará a sê-lo, claro! Até porque sinto o cérebro pouco musculado!

O engraçado é que do anonimato bloguista se passou a uma comunidade de nicks que, com o passar dos tempos passaram a ter um rosto. E isso é extremamente interessante! Como curiosa que sou do espírito humano, fico muitas vezes a pensar que os blogs são só as praias dos nossos mares próprios. Que conhecemos o que nos é permitido conhecer. Apenas e só.

Todos o fazemos, eu assumo que o faço. Existem muitas esferas dentro de mim que não partilho com ninguém, embora por vezes eu me sinta sedenta para que mas abram.

E esta é uma metáfora da vida, com blogs ou sem blogs. Conhecemos o que nos é permitido. E o que eu quero é deixar esta prisão de sombras reflectidas na parede. Essa sempre foi a minha luta, algo que suspendi durante uns tempos mas que estou a retomar.

Há uma linha nas curvas da vida que devemos sempre seguir...

2005/06/24

DOS SENTIDOS

É por onde tenho andado a divagar, sem ter muito tempo para a realidade, sem ter tempo também para este blog.

Perdoem-me a fase egoísta e hedonista, mas preciso mesmo de sentir tudo isto...

2005/06/20

DOS AGRADECIMENTOS

Há que o fazer, pelas mensagens, pelos e-mails, pelo carinho, pelos abraços e beijos que vocês me/nos enviaram nestes dias.

Obrigada!

Mas acreditem que não é motivo para preocupação. Estamos bem entre nós e, acima de tudo, em paz connosco próprias pela decisão corajosa de lutarmos por uma amizade e não permitirmos que os nossos afectos se fossem perdendo pelo rumo da rotina e da falta de paixão.

Isto é o que eu sinto, e quero partilhá-lo convosco.

2005/06/18

DA EXPRESSÃO DOS AFECTOS

Não existindo uma fórmula simplista e rápida, a melhor forma que encontro para dizer o que se passou hoje é mesmo esta:

Eu e a N(amorada) terminámos a nossa relação hoje.

Assim a N(amorada) passa a ser simplesmente a C., uma grande mulher que ocupou e ocupará sempre um papel essencial na minha vida. Foram praticamente 4 anos vividos absolutamente em conjunto, que hoje passam a ter outra definição.

As minhas palavras não são tristes, muito menos os sentimentos. Eu iniciei a conversa e o resumo é de que ambas terminámos a relação, porque concluimos que somos melhores amigas do que namoradas. Há vida para além do amor, existem afectos que nunca se apagarão.

Quem ler estas palavras (e que nos conheça) vai ficar a pensar que estamos de rastos, que isto é quase impensável. A verdade é que ambas acabámos a bem, a sorrir, porque não fazia sentido procurarmos um sentido que cada vez estava mais longe. Somos pessoas diferentes e, acima de tudo, estamos pessoas diferentes do que éramos há 4 anos atrás. Evoluimos em uníssono e continuaremos a fazê-lo, embora com uma textura diferente.

Hoje limitámo-nos a constatar um facto: de que ambas temos estruturas diferentes e que não estávamos a percorrer a mesma estrada. Este é o ponto final definitivo. O iniciar de um novo capítulo, o escrever de uma nova estória de encantar.

C., caso leias estas palavras, quero que saibas que sempre te admirei muito e que serás muito especial. Eu hoje já to disse e quero que sintas aquilo que eu te digo, tal como eu senti as tuas frases como se fossem expressões máximas de uma amizade que eu quero que perdure.

E sim, dou-te toda a razão do mundo quando dizes que "não é possível amar alguém que não ouve a mesma canção", como canta o Rui Veloso. Porque nos fazemos de diferenças, sim, mas porque essas diferenças não podem ser tão abismais quanto as nossas.

Agora apenas te quero sentir em paz e feliz, porque sei que o alcançarás, por mais que não acredites nesses conceitos. Eu procurarei o mesmo. E, um dia, quando formos velhinhas, vamos sorrir muito quando olharmos para o nosso percurso, porque foi algo muito bonito que nunca apagarei de dentro de mim. :)

2005/06/16

MALANDRAGEM...

... é o nome de uma música da Cássia Eller que hoje fica a rodar na Label FM.



Já ando com esta música na cabeça há uns dias... e também porque tem uma letra divertida. :)

DOS SORRISOS

Há muitos anos atrás, ainda era eu uma adolescente, propus-me a ler o Nome da Rosa do Humberto Eco, porque tinha adorado o filme e porque estava num verão literário, em que devorei o Eça, o García Marquez, o Kundera, o Saramago... Claro que o Nome da Rosa não é apenas aquilo que se vê no filme e toda a discussão teológica na qual gira o livro é extremamente pertinente e curiosa.

Uma das partes que mais me ficou marcada foi a discussão entre dois frades, um dominicano e outro franciscano, em que debatiam o riso. O primeiro considerava o riso normal e como parte da vivência, o segundo defendia que o riso era atentar contra a lei divina, pois devíamos expiar os nossos pecados e sofrer à imagem de Cristo...

Na altura eu devia ter cerca de 15/16 anos e fiquei escandalizada com a postura do frade franciscano, porque para mim o riso e os sorrisos eram partes indissociáveis do meu dia-a-dia. Claro que à luz da Idade Média acabo por entender o contexto do debate, embora não consiguisse transpôr a mesma para a realidade do séc. XX.

Mas isto tudo para dizer que o riso espontâneo, vivo, quente, gargalhado é também uma parte essencial da nossa infância, dessa ingenuidade de crianças aventureiras. Ao longo da caminhada vamos contendo as gargalhadas, rimos menos, sorrimos mais. Na vida fazem falta as gargalhadas de ir às lágrimas, de contorcer o abdómen, de perder o ar... gargalhadas sonoras, vivas, intensas, livres, espontâneas... Eu sou uma pessoa sorridente e simpática (creio...) e sinto falta disso, porque a "adultidade" me mitigou a liberdade de expressão plena, como rebolar na relva fresca, descalçar os sapatos no meio da rua, andar de bicicleta furiosamente com o vento a bater-me na cara...

Existem dias em que penso que cresci tão depressa que anulei coisas importantes dentro de mim. E hoje, aos 26 anos, decido-me viver apaixonadamente, com a loucura a guiar-me, porque é o que sou e porque sou um espírito-livre e isso ninguém me pode tirar!

:)

2005/06/14

RESPIRAR

Este blog não está a banhos, mas o meu cérebro agradecia!

Hoje é dia de chegar a casa, tomar um banho longo e tentar arrumar as ideias. Sinto falta de risos e de sorrisos na minha vida...

VIZINHANÇA

Hoje temos festa de inauguração de uma casa nova!

2 Tons é o novo espaço das meninas chocolate e limão, uma perigosa combinação! ;)

Eu cá posso levar o champagne!!! Festejamos?!

ET SIC TRANSIT

Um dia desditoso para o património histórico-cultural do nosso país e do mundo.

Álvaro Cunhal


Eugénio de Andrade


Bastou-lhes uma madrugada, uma hora, um minuto, um segundo… Assim nos lembramos da nossa mortalidade, mas que o façamos sempre a pensar em deixar algo de grandioso feito.

Estes homens fizeram-no. De formas diferentes, mas marcaram a sua posição no mundo. E amanhã resta-nos acordarmos mais pobres...

2005/06/10

DIA DE CAMÕES

O país foi a banhos e agradece a todos os santinhos os dias de feriado para poder aproveitar o calorzinho de Verão. Já nem nos lembramos do porquê das datas, exceptuando as óbvias: Natal e Páscoa. O resto são dias de folga.
Hoje é o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Lusófonas. Nome pomposo que descreve um 10 de Junho tão patriótico como a nossa língua, mais do que mera extensão de terreno. Mas isso já o Pessoa tinha dito nos idos do século XX.
Em tempos fui uma grande fã do poeta Camões. Tão fã que até baptizei um cão com o nome dele, por sinal o meu primeiro cão mais companheiro e fiel (e não, não era cego). Não acho nada desprestigiante usarmos nomes de pessoas em cães, pelo contrário! Cá em casa os cães têm nome de divindades.
Mas o meu fascínio pelo Camões (poeta) foi-se dissipando ao longo dos tempos e da minha evolução académica... Comecei por ler o Sá de Miranda, depois veio o Petrarca e também o Dante e fiquei aborrecida com a semelhança dos sonetos... A gota de água foi quando li a Ilíada e revi Os Lusíadas, embora com devidas adaptações.
Nessa altura fiquei desanimada. Camões desiludira-me! Claro que entendo que o estilo literário da época era a renovação dos clássicos, mas mesmo assim fiquei triste. Com o passar dos anos lá fui apagando esta mágoa, fui desculpando e sempre pensando que era necessária muita mestria para escrever o que ele escreveu, com os decassílabos todos correctos, com as rimas perfeitas...
No outro dia perdoei-o definitivamente. E a culpa foi da gata. De repente ouvi um estrondo no escritório, fui ver e a gata estava entretida nas prateleiras a tirar os livros do sítio. O barulho tinha sido da queda d'Os Lusíadas no chão... Ralhei com a gata, mas aproveitei para folhear o livro. E foi quando abri ao calhas n'A Ilha dos Amores, que me rendi à evidência de que Camões merece, de facto, ser o nosso representante literário.
Somos um país de poetas. Que seja um poeta a representar a nossa língua, que é mais do que mera pátria.

2005/06/09

!!!!

Se bem se recordam há quinze dias saíu na Visão uma reportagem sobre a homossexualidade, que eu também referi.

Como é hábito, às quintas-feiras a Visão é a minha companhia de almoço e, na secção do Correio do Leitor (que habitualmente leio) deparei-me com estas pérolas, que se referem ao tal artigo:

Homossexualidade

Mais um artigo sobre a questão da homossexualidade (V638), como se se tratasse de tema de importância vital na vida dos portugueses. Desta vez com fotografias pouco dignas, desrespeitando a sensibilidade da maioria, com o dinheiro de quem compra. vai contra os princípios mais elementares da condição humana. A homossexualidade, na esmagadora maioria dos casos, é um distúrbio comportamental que contraria as mais elementares regras da natureza

José M. R. Silva

(Dêem-me licença que vou só ali mandar fazer uma t-shirt a dizer: happy to be disturbed!)

Muito me têm aborrecido as sucessivas notícias passando para o leitor a impressão de tratar-se de uma realidade normal. Este tipo de notícias sem juízo crítico produz os efeitos que o poderoso lóbi gay deseja.

José Santos

(Mas o objectivo da informação não é informar?! Ou o papel do jornalista é "moralizar" e opinar?! Vão umas lições de deontologia????)

Embora perceba que a revista tem de informar sobre a realidade dos nossos dias, não aceito que artigos como este entrem com o apoio financeiro em minha casa. Protesto como assinante e como português.

Hugo Gualdino

(E que tal um protestozinho contra a sua existência?!)

Ainda tem mais 2 comentários, mas estas são as pérolas do dia. Agora dêem-me licença que vou ali vomitar o almoço!

IN ILLO TEMPORE...

É uma expressão latina que se traduz por "Naquele tempo...", um pouco a forma como se começam as estórias infantis que lemos na cabeceira da cama às crianças de olhos grandes e sonhos alados.

Estórias de princípes e princesas, monstros e heróis, bruxas e anjos... Personagens que nos acompanham toda a vida, embora a partir de certa altura deixemos de brincar às escondidas com elas, ou vão escasseando os desafios para jogar à macaca... Eles estão todos lá, à espreita, ansiosos por que os chamemos e acompanham-nos toda a vida.

Hoje baixei as minhas defesas de racionalidade e de cepticismo e chamei-os um por um... todos eles concluíram as brincadeiras com a mesma frase: "e foram felizes para sempre".

E hoje quero acreditar intensamente que faço parte de um conto de fadas e de esse será o final do meu livro... nem que para isso tenhamos que nos raptar mutuamente da realidade das nossas torres e abrirmos o portão exclusivo da nossa estória, do nosso conto, do nosso mundo e ficarmos lá num sorriso imenso!

CLÁSSICOS

Na música não há nada como revisitarmos os grandes clássicos que marcaram gerações... O som de hoje é bem conhecido, embora este Eternal Flame tenha uma roupagem acústica.




Ora aí estão as meninas Bangles para recuperação de memórias. :)

2005/06/08

ALWAYS LEARNING

Deveria ser uma missão estarmos sempre a aprender, a absorver o que nos rodeia...

Hoje deixo-vos a canadiana Alanis Morissette com uma versão acústica do tema You Learn, na Label FM.



E ainda há tanto para receber desta vida, principalmente o aprender a saborear o momento, sem calcular o minuto seguinte...

2005/06/07

"EU QUERIA"

No blog Pequenos Nadas vi este post e achei-o um exercício muito interessante e que se deveria realizar diariamente.

Eu queria...
(e transcrevendo o que comentei por , com uma adenda)
... nunca perder a capacidade de raciocionar, aprender, crescer interiormente e intelectualmente.
... ter a capacidade de poder fazer algo de bom para o mundo.
... ser porto de abrigo e rocha sólida ao mesmo tempo.
... possuir a capacidade de ser emoção pura em determinados momentos.
... e muito mais, não fosse a vida tão curta...

FM

Hoje não vou trocar a música.

Esta assenta que nem uma luva ao dia de hoje e em relação aos meus pensamentos.

DE VITA I

Nenhum conceito é suficiente firme que não possa ser abanado ao ponto de gerar a vertigem do desconhecido.

2005/06/06

BLOODY MONDAY!

O fim-de-semana foi tão rápido que quando o vi já tinha acabado... Hoje estou aos tombos, cheia de sono e a precisar de mais dois dias de descanso (o que vale é que o próximo fim-de-semana é prolongado!!).

Sexta-feira deitei-me às tantas porque estive "entretida" a rever o Alien. Escusado será dizer que não adormeci logo logo...

Sábado levantei-me cedo e fui para o meu voluntariado. Só a partir das 4 da tarde é que tirei 3 horinhas para descansar (e namorar). Depois lá fui trabalhar até às tantas da manhã.

Domingo, novamente o despertador tocou cedo demais. Almoço de família, que já andava a ser adiado (e a minha mãe tentada a deserdar-me o que, confesso, não seria uma boa solução), correr para Lisboa, uma tarde de imobilismo num estúdio de TV (só tu J.!). Lá tudo se compôs para o final do dia com uma ida à Feira do Livro e com uma ceia nas Docas.

Notas do fim-de-semana:

- Ter atenção ao colestrol e reduzir o sal (private joke)
- Nunca me sentar na última fila
- Ir à Feira do Livro apenas depois de ter recebido o ordenado
- Não usar saltos agulha nas Docas

?

O que nos une?

a) As semelhanças?
b) As diferenças?
c) O físico?
d) O intelecto?

Retórico ma non troppo...

TRIBALISTAS...

... hoje com um tema essencial: Velha Infância, na Label FM...




Ainda bem que existem músicas como estas: apaixonadas e apaixonantes!

2005/06/04

LUTO

Anda por aí a circular um e-mail (eu já recebi uns 10!) a apelar aos portugueses para que no próximo dia 10 de Junho (Dia de Portugal) hasteem uma bandeira preta nas suas casas, há semelhança do que sucedeu o ano passado aquando do Euro2004, que grandes partes dos lares colocaram a bandeira nacional orgulhosamente a esvoaçar ao vento.
Pretende esta iniciativa que o povo mostre a sua revolta e desilusão perante o aumento de impostos e o actual estado financeiro do país...
Paralelamente recebi um outro e-mail, com um humor muito bem conseguido, em que se mostrava um anúncio típico de uma venda de casa. Mas a venda era de um país, o nosso.
Ontem sorri quando abri um outro e-mail e li uma proposta que era feita ao Primeiro-Ministro, em que o autor sugeria que o seu ordenado ficasse todo nos cofres do Estado e que este pagasse todas as suas despesas mensais.
O humor português, mesmo em tempos de crise sempre foi e será sempre corrosivo! Já o Rafael Bordalo Pinheiro é exemplo disso.
Ainda não sei o que pensar de tudo isto, muito sinceramente. No que é pedido no 1º e-mail não o irei fazer, até porque nunca hasteei a bandeira nacional na minha casa, embora tenha uma bandeira que me foi oferecida há mais de 15 anos e que prezo enquanto símbolo e que respeito muito, porque traduz os séculos de História que temos, a sumula dos nossos genes. O meu patrotismo (ou chamemos-lhe consciência colectiva) é interior e não preciso de erguer a bandeira para o exercer diariamente.
Quanto ao desagrado... pois claro que me sinto preocupada com o caos económico, embora tenha consciência de que existe muito marketing político pelo meio... Mas o desagrado deveria ser demonstrado por actos contínuos, não por colocar uma badeira preta à porta de casa e depois ir sentar-me no sofá...
Somos um povo que vive à sombra da "lei do desenrasca", onde só não foge aos impostos quem não pode. Talvez pudessemos mostrar o nosso descontentamento para com o sistema exigindo, em todas as compras, a factura que nos pertence de direito, abrindo caminho a um policiamento entre todos os cidadãos. Seria justo que o sistema funcionasse de facto e isso não depende exclusivamente dos governos, mas dos cidadãos.
Uma estória que me ficou guardada na memória foi esta:
Quando pedimos o crédito para a aquisição da nossa casa (em 2002), no banco exigiram uma série de documentos, como habitual. Um dos documentos é a declaração de IRS. Quando a minha gestora de conta me pediu o IRS de 2000, com a devida nota de liquidação, eu perguntei-lhe porque é que não se entregava a declaração já de 2001, dado que já a tinha entregue. A resposta deixou-me abismada: "ah! pois, porque ainda não sairam as notas de liquidação e nós tivémos muitos problemas há uns anos por causa disso, é que as pessoas geralmente fazem 3 ou 4 declarações de IRS por ano!", eu perguntei logo porquê (às vezes consigo ser inocente), responde-me ela: "porque fazem a 1ª que entregam no infantário e onde apresentam baixos rendimentos para pagarem menos, depois anulam essa 1ª e entregam uma 2ª com rendimentos altos para poderem pedir crédito na banca e, finalmente, fazem a 3ª que é a real, isto se não precisarem de mais nenhuma declaração entretanto!".
Acho que isto representa bem aquilo que por aí existe... por isso deixei de me espantar quando comecei a perceber que alguns colegas de faculdade que recebiam bolsas de estudo eram os que chegavam de carro e não eram carritos...
O slogan nacional é "salve-se quem puder" e o meu luto não é para com 800 anos de História, mas sim para com o comum dos portugueses...

2005/06/03

POR FALAR EM PASSADO...

Pois é N(amorada), parece que hoje faz 3 anos que mudámos para a nossa casinha, ainda a stressarmos com registos, escritura, bla bla bla... Ainda me lembro de como dolorosa foi a mudança... para a próxima vendemos a casa com o recheio, pode ser?!


Entretanto continuo a querer a vivenda para este ano, estes 7 anos de apartamentos já me bastaram! Posso começar a empacotar os livros?! LOL!

BOLAS!

Fiquei mesmo nostálgica!

... A coisa bateu...

CRESCER...

O acto de crescer trás consigo muitas coisas, para além do acrescer de responsabilidades, vamos perdendo contacto com partes importantes do nosso passado. Isso, pelo menos, aconteceu comigo. Depois que entrei para a Faculdade deixei de estar tanto tempo com os meus amigos e, com o passar dos tempos, fomo-nos afastando, porque cada um tinha um rumo diferente...

Temos os contactos uns dos outros memorizados no telemóvel, transcritos para as agendas a cada troca da mesma, de vez em quando cruzamo-nos, vamos sabendo notícias, grande parte através dos nossos pais que se encontram com os outros pais... Mas o tempo vai-se diluindo, espaçando, surgem novos projectos, novos obstáculos, novos amigos... e o contacto vai sendo cada vez mais espaçado...

A memória mantem-se intacta e, não raramente digo, que os meus tempos de escola foram deliciosamente fantásticos, e recordo sempre com muita ternura o nosso grupinho que fazia mil e uma asneiras, mas que eram sempre aceites com um raspanete a disfarçar o sorriso dos professores que nos adoravam. Éramos umas pestes, mas os primeiros a estarmos prontos para ajudar no que quer que fosse necessário. A nossa união era impressionante!

Os primeiros cigarros, as primeiras bebedeiras, as saídas à noite, muitas delas furtivas, com grande esquemas em que dormíamos na casa uns dos outros, os passeios, as férias, a praia, as associações de estudantes, as manifestações, as baldas, os testes, as festas, a saudável loucura! Ah! E os namoros, os amores que doíam e que deixavam feridas, mas que os amigos lambiam com uma dedicação incrível! Ficaria aqui horas a falar desses tempos que foram, sem dúvida, fantásticos!

O engraçado é quando o passado nos bate à porta, como sucedeu hoje comigo...

A Rita, que conheci no 7º ano e que a partir daí fez parte desse círculo intenso, telefonou-me a convidar-me para o casamento!

Casamento... a Rita... casar...

Perdi as palavras, mas de imediato recordei o tempo em que apostávamos entre nós que a Rita seria, seguramente, a 1ª a casar! E assim foi... e com isso nos rimos bastante hoje...

Em Agosto a Rita vai-nos juntar todos no seu casamento. Conhecemo-nos desde sempre, quase... Uma das pessoas desse grupo é minha amiga desde a 3ª classe, logo há quase 18 anos! É a minha vida,são todas as minhas memórias. Eles estão lá, sempre, e continuarão a estar. E faz-me bem pensar neles, fico de coração cheio!

Vamos ter um reencontro de emoções fortes, relembrar as aventuras, as trapaças, as loucuras... Vai ser uma despedida de solteira em grande e um casamento ainda mais forte, porque a Rita vai ser a 1ª a casar, assim, numa igreja, como nós sempre a imaginámos, porque ela sempre foi a mais certinha de todos nós. Porque vamos ter 1001 estórias para contar nossas vidas individuais e porque vamos ver o quanto crescemos e o quanto daquilo que somos actualmente, enquanto pessoas, se deve ao que vivemos em conjunto...

Em jeito de dedicatória ao nosso grupo de 9 doidos (mais os "arrufos" amorosos que orbitavam em redor) e para recordar as noites em que demos cabo do corpo a dançar freneticamente nas garagens uns dos outros, fica uma das nossas músicas mais emblemáticas na Label FM...

Hoje vai ser um dia cheio de nostalgia doce e amena e, certamente, mais logo vamo-nos telefonar mutuamente, para partilharmos estas emoções!

A Ritinha vai-se casar... :)

2005/06/02

CHILD... AGAIN!

Ontem foi o Dia da Criança, mas hoje a Label FM roda Like a Child Again dos The Mission, uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos!



Quem se lembra desta? :)

2005/06/01

KODAK...

... o momento passado há um minuto atrás!

Ligou-me um colega de trabalho, por causa de umas coisas que tínhamos que acertar para esta semana. Pelo meio um outro colega pergunta-me: "já recebeste o material?!", passado segundos questionam-me: "Qual é o teu nome artístico?".

Começo a ficar preocupada! Das duas, uma: ou toda a gente está a falar em código (e eu não tenho a chave para descodificar) ou então descobriram que eu ganho um extra aí num sítio qualquer! LOL!

Katya Vanessa sempre me soou bem e então iluminado pelas luzes de néon! Uau!... LOL!

P.S. - É óbvio que não ganho extra em lado nenhum!

O MEU...

... contributo para o Dia da Criança:

- Sobrinho?
- Tia? Olá!!! 'T'as fixe?
- 'Tou, e tu?
- 'Tá-se bem!
- Óptimo! Olha, só te estou a ligar para te desejar um bom Dia da Criança!...
- Fogo, tia! Eu já não sou nenhuma criança!
- Pois não... és um adulto cheio de responsabilidades com uma casa para sustentar...
- Pronto... lá tinhas tu que vir melgar!
- (risos) Olha, quem me dera a mim estar a receber um telefonema deste género!
- Também tens razão... Olha... feliz Dia da Criança para ti também, tia!
- És mesmo fixe, sobrinho!

E a conversa repete-se com o telefonema para a sobrinha.

Os dilemas de quem ainda só agora entrou na adolescência... LOL!

Já com o sobrinho mai piqueno a conversa foi outra:

- Sobrinho?
- Olá tia!
- 'Tá tudo bem contigo lindo?
- Sim, e contigo?
- Também! Sabes que dia é hoje?
- Sei: é Dia da Criança!
- Muito bem! É por isso que te estou a telefonar: para te desejar um feliz Dia da Criança!
- Ah!!! Obrigado! Mas sabes que eu não preciso disso?
- Não?! Então?!
- Não... a minha profesora disse que há meninos que precisam mais do que nós. Tens que lhes ligar a eles.
- Hummm... (silêncio) pois... não deixas de ter razão...
- Hoje tivémos uma festa lá na escola!
- E correu bem?
- Sim! Fizémos desenhos, pintámos e brincámos!
- Ah... muito bem! Estás feliz, então?
- 'Tou, claro! As crianças hoje estão todas felizes! Tu não estás?
- (silêncio) Estou claro que sim!

Bolas... como uma conversa com um miúdo de 6 anos me consegue deixar sem fôlego!

MOMENTOS...

Ontem acabei por ir até à praia para aliviar o stress, após o convite que a N(amorada) me fez... Uma longa caminhada, com os pés descalços dentro de água fazem milagres!

... E claro que um telefonema do big boss antes disso, a puxar o brilho ao meu ego também foi um verdadeiro choque vitamínico! LOL!

Entretanto persisto na tentativa de deixar de fumar. Hoje já não tinha tabaco e, para evitar andar a stressar, fui à papelaria aqui do lado para me abastecer. Optei por não comprar um maço, mas sim tabaco de enrolar.

A senhora aconselhou-me a comprar uma espécie de cigarros sem conteúdo (nunca tinha visto aquilo!) em que temos que colocar dentro do cigarro o tabaco (!!!). Eu disse que preferia o método tradicional: tabaco, mortalhas e filtros... Responde-me a senhora: "ah... pensei que preferisse assim para não dar mau aspecto...". Fiquei a olhar para ela e quase que lhe prescrevi um charro com fins terapêuticos para ela aliviar o stress! LOL!

SEXY MIX

É o que resulta da fusão de James Brown, Tom Jones e Prince!