2005/09/07

DAS SURPRESAS

Surpresa é ir aqui, como faço habitualmente, e ler sobre uma troca de e-mails que tive com a SK. Foi interessante ver que a minha resposta a umas quantas questões gerou um brainstorming, o que é sempre positivo, aliás, como foi a troca de e-mails que tivémos, que a mim também me obrigou a um trabalho de introspecção.

Não querendo entrar em grandes detalhes específicos, eu acho que de facto estamos numa sociedade de consumo cada vez mais rápido, metabolizante e avassaladora, daí eu ter escrito que a época dos grandes amores já lá vai, como a "fast food" acabamos por ter um "fast love". Não critico, nem faço juízos de valor, embora tenha algumas dificuldades em vestir essa camisola do "fast love"...

Mas aqui entra a eterna questão: teoria vs prática e, se na minha teoria tenho uma fórmula de postura, no modus vivendi as coisas são diferentes, porque em relações falamos em duas pessoas, não apenas numa. Grande busílis, agora! Mas o truque reside em nos erguermos depois de cada queda e de nunca deixarmos de acreditar que existe alguém que o destino nos reservou. Eu acredito nisso, sinto isso e sei isso em cada partícula de mim. Mas já aprendi que não é à primeira tentativa que temos a certeza de ter encontrado essa pessoa, porque no fundo isto é uma caminhada muito longa e só com a vivência é que podemos perceber se continuamos a amar para além dos defeitos, dos erros e da rotina. Esse é o verdadeiro amor, o puro, límpido e eterno, a simbiótica relação de paz e harmonia em conjunto. E tudo isto não se desvenda em dias, semanas ou meses… mas claro que cada segundo deve ser de luta para esse seja o futuro, disse eu à SK e quero acreditar que é essa a minha rota.

E se adicionarmos, às relações a dois, todas as variáveis, curvas e contracurvas do que as envolvem tudo ainda fica mais obscuro... porque nada se pode isolar, a vida é uma cadeia, uma sucessão de pensamentos, momentos, sentimentos, imagens, pessoas, factos, actos,... Onde é que fica traçada a linha da "desistência"? (E que fique claro que abomino esta palavra...) No limite do nosso ego ou no limbo da nossa sanidade emocional? As relações, creio eu cada vez mais, são testes puros ao nosso crescimento e à nossa capacidade de nos moldarmos ao outro, esperando que o outro também se molde a nós, porque é de dualidade que vivem as relações.

É uma temática que dá pano para mangas! :)

7 Comentários:

Blogger SalsolaKali disse...

Surpresa das surpresas… com esta não contava.
…e apesar de tudo o que foi dito, não deixo de pensar, e verificar, que realmente a tendência actual é para as relações instantâneas ou curtas, no máximo, a médio prazo. E que há todo um dramático fatalistalismo que as envolve. Basta olhar para o lado e ouvir contar as histórias de outras pessoas, outras relações, para a literatura, para o cinema, etc. (que são, também, afinal, reflexos da nossa vivência actual).
Claro que há toda uma envolvente das relações, toda uma abrangência de factores e variáveis que as condicionam e acabam por determinar, caso a caso. …principalmente o factor da vivência social delas, que na minha opinião, é determinante, e tem uma certa responsabilidade nesta tendência.
O que me angustia é não conseguir desvendar um horizonte claro, não ver grandes saídas, que contrariem esta tendência.
Estou habituada a trabalhar com factos, causa-efeito, com um mundo mais empírico que ideológico… apesar da minha faceta idealista querer estar sempre à frente…
Avaliando os factos, este “mundo” não me dá grandes perspectivas de inverter esta tendência. Mas… a ver vamos.
BJ SK

7/9/05 18:25  
Blogger manhã disse...

Acho que depende do que entendemos por Amor. Amor desejo; Amor extase; Amor compromisso;Amor segurança.Qual deles é o nosso modelo, qual perseguimos?Com qual nos identificamos?

7/9/05 20:54  
Blogger SalsolaKali disse...

...ou talvez nos identifiquemos com uma miscelânea desses amores todos...

8/9/05 08:55  
Anonymous Anónimo disse...

acho que sou uma veterana nesta coisa das relações. E nada como ter um pau à mão... uma fita métrica para medir a paciência e 2 quartos para momentos de emergência.

... deves ter noçao que desisti de ler o teu post todo por falta de paciencia para tanta letra rsrrss, mas fora de brincadeiras

A linha da desistência é uma linha imaginária, como a do horizonte...

a ana do 2º esquerdo

8/9/05 10:36  
Blogger ...dina disse...

Sk: a minha visão não é tão fatalista, mas eu sou a eterna crente na essência das pessoas... Como te disse acho que o nosso sentido passa pelo sentido de outra pessoa. :)

12/9/05 13:50  
Blogger ...dina disse...

Manhã: Podemos categorizar, claro, até para que saibamos qual é o nosso objectivo, mas eu creio que Amor há só um, o tal que se escreve com maiúscula... :)

12/9/05 13:51  
Blogger ...dina disse...

Ana: sabes que na parte do pau não concordo muito, sou pouco dada a violência! LOL! Mas assino por debaixo do que disseste!

Hummm... linha do horizonte... achas mesmo??

12/9/05 13:53  

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