QUO VADIS?
Por causa disto a Boo dissertou sobre o tema, sob o título de “Super-Heróis!?”.
Pelas mais variadas razões o tema da Educação é-me muito caro, essencialmente porque o considero basilar para um adulto bem formado e completo.
Infelizmente tem-se caído num sistema de “salve-se quem puder”, principalmente no que toca às passagens “administrativas” de alunos que, notoriamente, deveriam chumbar. Vão-se criando abismos entre miúdos: os “muito bons” e os “muito maus”, todos eles elevados ao 12º ano pseudo-europeu, que de cultura geral nada sabem. Perguntar a um jovem de 18 anos o que é que ele pensa sobre as convulsões políticas que geraram a II Guerra Mundial ou sobre literatura neo-realista surtiria uma de duas coisas:
a) Uma torrente de lágrimas;
b) Uma dor abdominal provocada pelas gargalhadas.
Ok… admito: os exemplos que dei também não são fáceis, mas quando vejo professores de português, por exemplo, a darem Os Lusíadas através do livro adaptado do João de Deus fico incrédula.
E o que eu pergunto é apenas isto: que volta a dar a este sistema?! Na minha opinião isto só vai piorar, acabar-se-á por cair numa formatação geral aplicada ao marranço, sem espaço para a discussão e a geração de espírito crítico.
E o que é triste é que as faculdades caem no mesmo erro. Tive uma professora que me disse, na cara: “você tem falta de postura académica!”, e isto só porque questionei, num exame, a tendência dos autores serem todos rotulados de acordo com os anos em que viveram… Ai de quem abale os alicerces académicos, assentes em “verdades absolutas”…
Aonde é que isto vai parar?!
Pelas mais variadas razões o tema da Educação é-me muito caro, essencialmente porque o considero basilar para um adulto bem formado e completo.
Infelizmente tem-se caído num sistema de “salve-se quem puder”, principalmente no que toca às passagens “administrativas” de alunos que, notoriamente, deveriam chumbar. Vão-se criando abismos entre miúdos: os “muito bons” e os “muito maus”, todos eles elevados ao 12º ano pseudo-europeu, que de cultura geral nada sabem. Perguntar a um jovem de 18 anos o que é que ele pensa sobre as convulsões políticas que geraram a II Guerra Mundial ou sobre literatura neo-realista surtiria uma de duas coisas:
a) Uma torrente de lágrimas;
b) Uma dor abdominal provocada pelas gargalhadas.
Ok… admito: os exemplos que dei também não são fáceis, mas quando vejo professores de português, por exemplo, a darem Os Lusíadas através do livro adaptado do João de Deus fico incrédula.
E o que eu pergunto é apenas isto: que volta a dar a este sistema?! Na minha opinião isto só vai piorar, acabar-se-á por cair numa formatação geral aplicada ao marranço, sem espaço para a discussão e a geração de espírito crítico.
E o que é triste é que as faculdades caem no mesmo erro. Tive uma professora que me disse, na cara: “você tem falta de postura académica!”, e isto só porque questionei, num exame, a tendência dos autores serem todos rotulados de acordo com os anos em que viveram… Ai de quem abale os alicerces académicos, assentes em “verdades absolutas”…
Aonde é que isto vai parar?!
6 Comentários:
E o que dizer de professores catedráticos de uma das mais conceituadas universidades portuguesas, que em plenas aulas de mestrado (por sinal o mais caro daquela faculdade e da universidade inteira) diz: “Não me venham com bibliografia!” “Esqueçam os livros!” “Nós não vamos precisar de bibliografia para nada!”. Esta parte fez-me lembrar o “Clube dos Poetas Mortos”
Ou então: “Não gosto desta matéria. Portanto, vão vocês preparar uns PowerPoint e dão vocês as aulas”.
Isto é mau, mas pior fiquei quando me apercebi que havia coisas a corrigir nos ditos PowerPoint (alguns) e que ninguém, inclusive o professor, se dignou a corrigir…
Tratam os alunos como se fossem miúdos do 2.º ciclo, falam sobre assuntos que notoriamente não dominam, chegando ao ponto de “ensinar” erros, e a “mentirem” assim, como se o que referem, fosse verdade, e pior, uma verdade absoluta e inquestionável.
Isto é a ponta do cristal de gelo enterrado no Iceberg.
Mas até que estou a ser injusta. É apenas um professor que faz isto, mas nem queiram saber dos outros.
E depois eu é que tenho mau feitio…
Não sei onde isto nos vai levar, mas imagino e não é nada bom.
É complicado, SK... como é que adultos, que estão a fazer mestrado se podem dignar a dar erros?!
Mas entendo e subscrevo o teu ponto de vista. ;)
A noção que tenho, é que as gerações dos, ditos, adolescentes não têm sentido crítico, não pensam, não questionam, aceitam o que se lhes diz como verdades absolutas! Só me resta perguntar: o que será de nós? Sim, porque as estas gerações serão os líderes de amanhã!...
Chocolover
Choco: tu não me deprimas mais!!!
Não tenho uma visão tão irremediável. Profs e alunos estão num momento charneira, um pé no ensino jesuíta-marranço e cultura, obediência e disciplina; e um pé no ensino americano, nada de cultura, discussão, espírito crítico, cidadania. Confesso-me também "entre" dois mundos.
Manhã: a minha visão pode ter "soado" negra, mas também estou consciente de que existem excelentes professores e alunos interessados.
Quanto à questão jesuíta... ui! Teríamos pano para mangas! ;)
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