AMOR
Amor, do Lat. amore; s. m., viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos; inclinação da alma e do coração; objecto da nossa afeição; paixão; afecto; inclinação exclusiva; ant., graça, mercê. com -: com muito gosto, com zelo; fazer -: ter relações sexuais; loc. prep., por - de: por causa de; por - de Deus: por caridade; ter - à pele: ser prudente, não arriscar a vida; - captativo:vd. amor possessivo; - conjugal: amor pelo qual as pessoas se unem pelas leis do matrimónio; - oblativo: amor dedicado a outrem; - platónico: intensa afeição que não inclui sentimentos carnais; - possessivo: amor que leva a subjugar e monopolizar a pessoa que se ama; o m. q. amor captativo.
Começo com esta simples questão: será o Amor passível de ser dissecado desta forma?
Se a pesquisa feita no dicionário não nos alimenta a curiosidade, onde mais procurar um significado para este sentimento? Cheguei, claro, à poesia e ao grande Carlos Drummond de Andrade...:
Quando encontrares alguém e esse alguém fizer o teu coração parar de funcionar por alguns segundos, presta atenção: pode ser a pessoa mais importante da tua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fica alerta: pode ser a pessoa que tu estás à espera desde o dia em que nasceste.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água nesse momento, percebe: existe algo mágico entre vocês.
Se o 1º e o último pensamento do teu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeçe: algo do céu te mandou um presente divino : O AMOR.
Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receberes um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entrega-te: vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo estiveres triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o teu sofrimento, chorar as tuas lágrimas e enxugá-las com ternura: poderás contar com ela em qualquer momento da tua vida.
Se conseguires, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do teu lado... Se achares a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se não conseguires trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Se não consegues imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao teu lado...
Se tiveres a certeza que irás ver a outra envelhecendo... e, mesmo assim,tiveres a convicção que vais continuar sendo louco por ela...
Se preferires fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o Amor que chegou na tua vida.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar,sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio. Por isso, presta atenção aos sinais. Não deixes que as loucuras do dia-a-dia te deixem cego para a melhor coisa da vida: o AMOR!!!
A forma como o poeta expõe as premissas é interessante... Vai fazendo um crescendo entre o estado de paixão e o amor. Ambos são sentimentos indissociáveis, mas o segundo sobrevive ao primeiro ou, então, o segundo nem sequer brota do primeiro...
Na minha tentativa de analisar o sentimento concluo que posso ir pelas premissas para derivar numa conclusão. Posso considerar 80% do exposto como certo e pleno... mas e quando os 20% em falta não existem? Continuará a ser isso amor? Será esta tábua de matérias falível? Existirá a estrutura ou não? Poderemos considerar que, embora com alguns buracos o barco vai conseguir soltar as velas e fazer uma deliciosa viagem?...
O amor nada tem de estatístico, o conceito que temos de amor é evolutivo, está intimamente ligado ao nosso crescimento e nunca partimos de um amor para outro amor com um conceito estanque. A vivência altera-nos essa estrutura idealizada.
E aí está o mundo empírico para o qual Platão tantas vezes nos alertou: a dissonância que existe entre o que se pressupõe e o que se obtem, minúscula gota que bebemos com sofreguidão.
E o que é que se tem mesmo? O Amor? Conceito ou vivência? Valerá a dissolução do primeiro em prol do segundo? Atrever-me-ia a dizer que sim... sempre disse que a vida se deve viver de peito aberto e que devemos continuamente aprender mais nesta vida tão escassa... viver dói... é a súmula das minha premissas vivenciadas. Porque podemos chegar a um ponto em que temos que nos perder para nos encontrar... a questão que fica é se alguém nos vai procurar...
Começo com esta simples questão: será o Amor passível de ser dissecado desta forma?
Se a pesquisa feita no dicionário não nos alimenta a curiosidade, onde mais procurar um significado para este sentimento? Cheguei, claro, à poesia e ao grande Carlos Drummond de Andrade...:
Quando encontrares alguém e esse alguém fizer o teu coração parar de funcionar por alguns segundos, presta atenção: pode ser a pessoa mais importante da tua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fica alerta: pode ser a pessoa que tu estás à espera desde o dia em que nasceste.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água nesse momento, percebe: existe algo mágico entre vocês.
Se o 1º e o último pensamento do teu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeçe: algo do céu te mandou um presente divino : O AMOR.
Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receberes um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entrega-te: vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo estiveres triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o teu sofrimento, chorar as tuas lágrimas e enxugá-las com ternura: poderás contar com ela em qualquer momento da tua vida.
Se conseguires, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do teu lado... Se achares a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se não conseguires trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Se não consegues imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao teu lado...
Se tiveres a certeza que irás ver a outra envelhecendo... e, mesmo assim,tiveres a convicção que vais continuar sendo louco por ela...
Se preferires fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o Amor que chegou na tua vida.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar,sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio. Por isso, presta atenção aos sinais. Não deixes que as loucuras do dia-a-dia te deixem cego para a melhor coisa da vida: o AMOR!!!
A forma como o poeta expõe as premissas é interessante... Vai fazendo um crescendo entre o estado de paixão e o amor. Ambos são sentimentos indissociáveis, mas o segundo sobrevive ao primeiro ou, então, o segundo nem sequer brota do primeiro...
Na minha tentativa de analisar o sentimento concluo que posso ir pelas premissas para derivar numa conclusão. Posso considerar 80% do exposto como certo e pleno... mas e quando os 20% em falta não existem? Continuará a ser isso amor? Será esta tábua de matérias falível? Existirá a estrutura ou não? Poderemos considerar que, embora com alguns buracos o barco vai conseguir soltar as velas e fazer uma deliciosa viagem?...
O amor nada tem de estatístico, o conceito que temos de amor é evolutivo, está intimamente ligado ao nosso crescimento e nunca partimos de um amor para outro amor com um conceito estanque. A vivência altera-nos essa estrutura idealizada.
E aí está o mundo empírico para o qual Platão tantas vezes nos alertou: a dissonância que existe entre o que se pressupõe e o que se obtem, minúscula gota que bebemos com sofreguidão.
E o que é que se tem mesmo? O Amor? Conceito ou vivência? Valerá a dissolução do primeiro em prol do segundo? Atrever-me-ia a dizer que sim... sempre disse que a vida se deve viver de peito aberto e que devemos continuamente aprender mais nesta vida tão escassa... viver dói... é a súmula das minha premissas vivenciadas. Porque podemos chegar a um ponto em que temos que nos perder para nos encontrar... a questão que fica é se alguém nos vai procurar...