EUROPA...
... quo vadis?
Para onde a Europa vai é o grande ponto de interrogação... esta coisa do referendo que se prepara está a deixar-me pensativa...
1º - A Europa é muito mais do que estes 25 países. Até ao Urais ainda temos Europa e a Rússia seria uma potência a considerar no plano económico europeu...
2º - O que fazer aos países como a Turquia, que não se podem apelidar de Europeus, que tem um grande e antigo problema com a Grécia, mas que geopoliticamente são importantes, devido ao estender até ao Norte de África?
3º - Como conseguir uma Europa política e social, se o que existe ainda é só económico e pouco estruturado?
4º - Que estratégias estabelecer relativamente ao espaço Mediterrâneo que tanta importância tem para a expansão económica?
5º - Como sacudir o peso americano da economia do espaço europeu?
Estas são apenas breves premissas do longo rol de dúvidas que tenho... Ontem no debate da RTP sobre o déficit não consegui conter a gargalhada quando alguém falou na "perca de soberania" perante a Europa. Meus caros... onde isso já vai! Três símbolos representam a soberania nacional: moeda, bandeira e Presidente da República. Os dois primeiros já quase que lá vão! A moeda é única e a bandeira nacional tem que ser sempre hasteada em conjunto com a europeia...
Voltar atrás e sair da UE é completamente utópico! Ficarmos confinados a um rectângulo entre espanhóis cada vez mais competitivos e o Alberto João Jardim parece-me um cenário de terror! Vamos negociar com quem? A UE promove políticas económicas proteccionistas para os seus estados, não para os outros.
O Alentejo não é o celeiro que o Salazar tanto apregoou. Não temos capacidade, sequer, para a auto-sobrevivência. Portugal necessita de importar bens e de os exportar. Fora da Europa isso deixa de ser possível.
De uma vez por toda os políticos portugueses têm que entender que Portugal só tem uma solução enquanto país: apostarmos no turismo de qualidade, na formação dos trabalhadores e na investigação tecnológica. Não temos agricultura, a pesca é quase miragem, petróleo é mentira...
Portugal teve a possibilidade nas mãos de ser a maior potência mundial (e chegou a sê-lo) e deixou ir tudo embora. Poderíamos ficar a olhar o passado com eterna nostalgia e com o "E se" na boca... mas isso não me parece que seja o rumo a dar-se a um país.
Venha logo a Europa única, assente no regionalismo, com uma Constituição, um exército e um Presidente! Ou vamos ficar eternamente a defender as nossas fronteiras como se isso fosse o nosso maior valor? Não... o nosso valor é sermos tolerantes, inteligentes e capazes de crescer em conjunto com os nossos parceiros.
Para onde a Europa vai é o grande ponto de interrogação... esta coisa do referendo que se prepara está a deixar-me pensativa...
1º - A Europa é muito mais do que estes 25 países. Até ao Urais ainda temos Europa e a Rússia seria uma potência a considerar no plano económico europeu...
2º - O que fazer aos países como a Turquia, que não se podem apelidar de Europeus, que tem um grande e antigo problema com a Grécia, mas que geopoliticamente são importantes, devido ao estender até ao Norte de África?
3º - Como conseguir uma Europa política e social, se o que existe ainda é só económico e pouco estruturado?
4º - Que estratégias estabelecer relativamente ao espaço Mediterrâneo que tanta importância tem para a expansão económica?
5º - Como sacudir o peso americano da economia do espaço europeu?
Estas são apenas breves premissas do longo rol de dúvidas que tenho... Ontem no debate da RTP sobre o déficit não consegui conter a gargalhada quando alguém falou na "perca de soberania" perante a Europa. Meus caros... onde isso já vai! Três símbolos representam a soberania nacional: moeda, bandeira e Presidente da República. Os dois primeiros já quase que lá vão! A moeda é única e a bandeira nacional tem que ser sempre hasteada em conjunto com a europeia...
Voltar atrás e sair da UE é completamente utópico! Ficarmos confinados a um rectângulo entre espanhóis cada vez mais competitivos e o Alberto João Jardim parece-me um cenário de terror! Vamos negociar com quem? A UE promove políticas económicas proteccionistas para os seus estados, não para os outros.
O Alentejo não é o celeiro que o Salazar tanto apregoou. Não temos capacidade, sequer, para a auto-sobrevivência. Portugal necessita de importar bens e de os exportar. Fora da Europa isso deixa de ser possível.
De uma vez por toda os políticos portugueses têm que entender que Portugal só tem uma solução enquanto país: apostarmos no turismo de qualidade, na formação dos trabalhadores e na investigação tecnológica. Não temos agricultura, a pesca é quase miragem, petróleo é mentira...
Portugal teve a possibilidade nas mãos de ser a maior potência mundial (e chegou a sê-lo) e deixou ir tudo embora. Poderíamos ficar a olhar o passado com eterna nostalgia e com o "E se" na boca... mas isso não me parece que seja o rumo a dar-se a um país.
Venha logo a Europa única, assente no regionalismo, com uma Constituição, um exército e um Presidente! Ou vamos ficar eternamente a defender as nossas fronteiras como se isso fosse o nosso maior valor? Não... o nosso valor é sermos tolerantes, inteligentes e capazes de crescer em conjunto com os nossos parceiros.
7 Comentários:
Parece-me que era inevitável a entrada de Portugal para a EU.
Agora estamos lá, e mais uma vez, o que me parece é que alguns políticos portugueses estão aterrorizados e tem receio de vir a perder o poderzinho mesquinho que tem sobre este quintal, onde ainda podem por e dispor a seu belo prazer…
Por outro lado, este novo sistema é ainda muito novo para estar ainda a funcionar em pleno, em todas as áreas, e se há que estar preocupado neste momento, é acima de tudo com as questões de ordem económica, pois ainda é o dinheiro que faz mover isto tudo e sem dinheiro parece-me que pouco se faz.
O resto virá, mas primeiro deixem-na crescer e saudável, se conseguirem.
Estou ansiosa é por ouvir os argumentos a favor ou contra a constituição europeia... estou mesmo (gostava que me surpreendessem... mas creio pouco que isso venha a acontecer).
BJ SK
pais de brandos costumes e cheio de velhos do restelo, infelizmente!
gostei da tua perspectiva, Label!
havia de ser engraçado os nossos politicos defenderem os interesses do pais em vez dos deles e começarem a falar e a actuar em assuntos que realmente interessam e poderiam contribuir para a evolução do pais, a todos os niveis, social, economico e politico. mas, isso... era pedir muito!
e só mais isto: eu ainda não fui ao blog do velho do restelo mor, mas não faz muito sentido, sejam quais foram as razões, ficar sozinho e à margem da europa...
SK: Se queres a minha opinião acho que não vai existir grande debate, nem grande pedagogia... Vai-se dizer, por um lado: "Europa porque precisamos de subsídios" e, do outro: "Europa rouba-nos o crescimento!".
É o país que temos...
Mar: velhos do Restelo são demasiados, infelizmente... O que eu acho engraçado é os eurocépticos apresentarem candidaturas ao Parlamento Europeu... Não acho isso muito consonante com o que defendem...
lá está, até nisso perdemos a qualidade. é que os verdadeiros velhos do restelo insistiram em não ir além mar...
Mar: nem mais!
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