8 DE MARÇO
Mais do que uma data do calendário, o dia de hoje simboliza o Dia Internacional da Mulher.
Para mim é um dia igual a tantos outros, porque vivo numa sociedade em que as diferenças entre homens e mulheres estão mais esbatidas, logo não me chocam, não me confrontam no meu dia-a-dia. Mas por ser um dia como outro, obrigo-me a fazer um exercício histórico.
8 de Março de 1857. Estados Unidos da América. Numa fábrica 130 mulheres fazem uma greve, apelando à redução do seu horário de trabalho das 16H diárias para 10H. Em paralelo exigem receber os 30% que as separam dos homens em termos de ordenado, pelas mesmas horas de trabalho. A forma de ser contida a greve é de serem trancadas no interior da fábrica. Um incêndio deflagra e 130 mulheres perecem numa luta de direitos.
Parece distante mas não é.
No início do séc. XX é que se agitam movimentos em luta do direito de voto das mulheres. Em Portugal o direito ao voto feminino universal é consagrado, somente, com a Constituição de 1976. Antes disso apenas as mulheres com a 4ª classe ou que auferiam determinado rendimento é que podiam votar (o chamado “voto censitário”). Logo a percentagem de votantes era ridícula.
Neste dia penso sempre na minha avó materna, que infelizmente nunca conheci. No passado Domingo a minha mãe presenteou-me com uma cópia do diploma da minha avó, datado de 1917, aluna que passou com distinção no exame de 4ª classe. Na aldeia onde a minha avó viveu era a única mulher que podia votar: tinha rendimentos e formação para tal. Era respeitada como se fosse uma pessoa de uma realidade totalmente oposta à aldeia que a recebeu depois do casamento.
8 de Março de 2005. Planeta Terra. Onde está a igualdade de direitos universal? Talvez por isso estes dias façam sentido no calendário, pelo menos enquanto tivermos um mundo desigual.
Para mim é um dia igual a tantos outros, porque vivo numa sociedade em que as diferenças entre homens e mulheres estão mais esbatidas, logo não me chocam, não me confrontam no meu dia-a-dia. Mas por ser um dia como outro, obrigo-me a fazer um exercício histórico.
8 de Março de 1857. Estados Unidos da América. Numa fábrica 130 mulheres fazem uma greve, apelando à redução do seu horário de trabalho das 16H diárias para 10H. Em paralelo exigem receber os 30% que as separam dos homens em termos de ordenado, pelas mesmas horas de trabalho. A forma de ser contida a greve é de serem trancadas no interior da fábrica. Um incêndio deflagra e 130 mulheres perecem numa luta de direitos.
Parece distante mas não é.
No início do séc. XX é que se agitam movimentos em luta do direito de voto das mulheres. Em Portugal o direito ao voto feminino universal é consagrado, somente, com a Constituição de 1976. Antes disso apenas as mulheres com a 4ª classe ou que auferiam determinado rendimento é que podiam votar (o chamado “voto censitário”). Logo a percentagem de votantes era ridícula.
Neste dia penso sempre na minha avó materna, que infelizmente nunca conheci. No passado Domingo a minha mãe presenteou-me com uma cópia do diploma da minha avó, datado de 1917, aluna que passou com distinção no exame de 4ª classe. Na aldeia onde a minha avó viveu era a única mulher que podia votar: tinha rendimentos e formação para tal. Era respeitada como se fosse uma pessoa de uma realidade totalmente oposta à aldeia que a recebeu depois do casamento.
8 de Março de 2005. Planeta Terra. Onde está a igualdade de direitos universal? Talvez por isso estes dias façam sentido no calendário, pelo menos enquanto tivermos um mundo desigual.
2 Comentários:
Bom, FELIZ DIA DA MULHER!!
Chocolover
;)
Igualmente!
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